VIDA URBANA
Processo trabalhista leva em média um ano para conclusão na PB
Tempo médio tem como base relatório de avaliação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em avaliação aos TRTs de todo país.
Publicado em 21/04/2018 às 7:00 | Atualizado em 22/04/2018 às 15:53
Um relatório divulgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) que analisou o desempenho de todos os TRTs do país, revela que a tramitação de uma ação trabalhista na Paraíba no Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região pode levar, em média, o período de um ano para conclusão, considerando a data de protocolo inicial em fase de conhecimento da ação, apresentado na Vara Trabalhista, até o julgamento do caso em segunda instância.
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A informação tem como base o número de processos analisados no período de 2017 no estado. De acordo com o relatório, o tempo médio de tramitação de uma ação em primeira instância nas Varas Trabalhistas do TRT da 13ª Região é de até 134 dias, pouco mais de quatro meses. A média nacional registrada nas Varas Trabalhistas dos TRTs de todo país durante o mesmo período foi de 238 dias, quase o dobro do tempo médio registrado na Paraíba.
Já a tramitação em segunda instância no estado pode durar até 238 dias, cerca de oito meses. O relatório revela também que o TRT da 13ª Região está entre os 10 Tribunais Regionais Trabalhistas do país do total de 24 no ranking de eficiência, com o menor tempo de tramitação em ações. A média nacional do tempo para julgamento em segunda instância revelado pelo relatório foi de 254 dias. Somando o período de tramitação nas duas instâncias, o tempo médio é de um ano. O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba conta com 27 Varas Trabalhistas espalhadas em todo o estado.
Ações têm suas especificidades
O desembargador Wolney Cordeiro, vice-presidente e corregedor TRT da 13ª Região explica que cada caso possui suas especificidades. "Algumas ações tramitam rapidamente e outras duram mais do que o tempo médio de até um ano. Isso ocorre porque em determinadas situações existe a necessidade de perícia técnica mais específica e até mesmo o caso de ouvir testemunhas fora do estado. Em casos de ações simples esse tempo de tramitação costuma ser menor, mas isso depende também do comportamento das partes envolvidas no processo. O ideal seria que tudo fosse resolvido de forma mais rápida, mas o processo de tramitação está melhorando e o objetivo é exatamente avançar no sentido de reduzir esse tempo", comentou.
Durante o período do ano de 2017 foram julgados pelo TRT da Paraíba, o número de 41,1 mil processos dos 39,1 mil protocolados, ultrapassando o percentual de 100% dos casos registrados no período. Os demais casos envolveram outros processos que estavam em tramitação. A meta nacional para os TRTs estabelecida pelo Plano Estratégico da Justiça do Trabalho (2015/2020) durante o ano de 2017 era de 90% para todos os Tribunais do país.
Fase de execução
O desembargador Wolney Cordeiro explicou ainda que a conclusão da ação até sua fase de execução e arquivamento pode demorar o dobro do período, considerando o tempo médio de tramitação nas duas instâncias. "A fase de execução é outra etapa do processo. É nesse momento que se define o reconhecimento do débito e inicia o processo de cobrança para o pagamento da ação, após tramitação nas instâncias. Essa fase é muito difícil e depende da condição do devedor, naturalmente, ele nunca cumpre voluntariamente. A justiça precisa na maioria dos casos tomar sua força e determinar o cumprimento. Então, eventualmente as execuções demoram porque não se encontram ativos patrimônios, bens ou dinheiro do devedor para quitar essas dívidas", ressaltou.
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