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VIDA URBANA

Professores da rede pública estadual paralisam as atividades

Categoria cobra reajuste salarial e outras melhorias. Eles vão tentar uma audiência com o governador, que já disse que não tem como dar aumento.

Publicado em 17/02/2016 às 9:42

Os professores da rede estadual de ensino paralisaram as atividades em algumas escolas da Paraíba, nesta quarta-feira (17). A ação tem objetivo de revindicar reajuste salarial e outras melhorias. A categoria se reúne, em assembleia na sede Associação dos Professores de Licenciatura Plena da Paraíba (APLP) em João Pessoa para avaliar o movimento e possibilidade de greve não está descartada.

Segundo o secretário geral da APLP, Fernando Lira, de lá eles seguem para o Palácio do Governo, onde tentarão marcar uma audiência com o governador Ricardo Coutinho (PSB), e depois até a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), para solicitar uma sessão pública visando a discutir a situação da categoria

Na última quinta-feira (11), os professores anunciaram a paralisação. A categoria reinvindica reajuste imediato na piso, a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários,a derrubada da Medida Provisória do governo, que congelou as progressões horizontais e verticais dos professores e demais servidores da educação; além da realização de um novo concurso publico.

Segundo Fernando Lira, o governo não se pronunciou junto a associação depois do anúncio da paralisação. “A característica do governo é a de se manter em silêncio em relação às nossas reinvindicações. Nós quem vamos até eles”, disse o secretário.

O JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com assessoria de impressa da secretaria de Educação , que ficou de entrar em contato com o secretário Aléssio Trindade, que está em São Paulo, e só depois disso deve posicionar sobre o assunto.

Na quinta-feira (11), depois que os professores anunciaram a paralisação, o governador da Paraíba Ricardo Coutinho falou da reação das categorias sobre a suspensão da data base e deixou claro que não tinha como reajustar salários. “Acho que é legítimo reclamar. Eu gostaria de dar 25%, 30% de reajuste, quem não gostaria? Agora, evidentemente que cada um de nós está com o 'pezinho' no chão. Se me mostrarem uma única categoria que está tendo reajuste,aí eu diria, 'ai que bacana', mas não tem uma”, falou.

“O meu papel é garantir para a população da Paraíba, a manutenção dos serviços, porque eu não posso governar na lógica de uma outra categoria. A gente tem que governar na lógica de uma população que sofre os efeitos da crise, muitos deles não tem sequer empregos, e eu preciso olhar para eles, garantindo que o hospital funcione, que a escola seja melhor. E eu tenho certeza que a maioria dos servidores sabe o que estou dizendo”, acrescentou o governador.

Movimento em Campina Grande
Em Campina Grande, professores se reuniram para uma assembleia na sede da Associação dos Professores em Licenciatura Plena (APLP), de onde sairão em passeata para um ato público na Praça da Bandeira, no centro da cidade.

“Essa medida rasga a lei 7.419/2013 do plano de cargos e carreiras e da remuneração do magistério estadual, desrespeitando a titulação dos professores”, explicou o presidente da APLP – CG, professor Odemilson, falando da Medida Provisória que suspendeu a data-base.

A 3ª Região de Ensino com sede em Campina Grande atende 63 mil alunos em 129 escolas de 40 cidades em toda a regional. Em Campina Grande, 90% das 38 escolas estaduais aderiram ao movimento.

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Jornal da Paraíba

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