VIDA URBANA
Professores da UEPB se reúnem hoje para decidir indicativo de greve
Reunião acontece na manhã desta quinta-feira, no campus de Campina Grande.
Publicado em 06/04/2017 às 8:06
Os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), vão se reunir em assembleia na manhã desta quinta-feira (6), no auditório de psicologia, no campus de Campina Grande. Segundo a Associação dos docentes da instituição (ADUEPB), os professores podem decidir se pretendem aprovar um indicativo de greve. Caso isso ocorra, uma nova assembleia será marcada para definir se a categoria vai entrar em greve ou não.
Entram na pauta da assembleia: informes; avaliação das atividades de mobilização; campanha salarial; crise da UEPB, cortes orçamentários, demissões e portarias; e ainda o indicativo de greve. Segundo a ADUEPB, os problemas se agravaram após o Governo do Estado fazer um corte de R$ 27 milhões no orçamento anual para 2017, estimado em R$ 317 milhões e já aprovado na Assembleia Legislativa.
Durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande, na quarta-feira (5), o reitor da instituição Rangel Júnior falou dos cortes orçamentários e esclareceu as dificuldade em administrar a instituição sem ter acesso ao repasse financeiro por parte do governo estadual. "A UEPB é uma máquina enxuta e os números estão disponíveis no Portal da Transparência. A nossa única reivindicação é que a Lei Orçamentária Anual 2017 seja respeitada e haja a reposição financeira para termos os recursos dos custeios a partir desse repasse. A UEPB não é do governo, é da Paraíba e do povo", manifestou.
Na ocasião, Rangel também recuou da decisão de apresentar ao Conselho Universitário a proposta de adiamento do ingresso dos novos alunos na instituição de maio (período 2017.1) para o segundo semestre. Foram aprovados pelo Sisu 3.318 alunos. O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. Com isso, está garantida a entrada dos estudantes no próximo mês na UEPB.
Uma portaria publicada no dia 16 de março pelo reitor, estabeleceu uma série de medidas para contensão de gastos na instituição, como forma de lidar com o orçamento reduzido. Entre as medidas, estão a demissão de até 25% dos contratados, extinção de cargos comissionados e fusão de pró-reitorias.
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