VIDA URBANA
Professores da UEPB votam indicativo de greve amanhã
Categoria reivindica um reajuste salarial de 8% e reclama do não cumprimento da data base, que é o mês de janeiro.
Publicado em 05/05/2015 às 7:45 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:36
A Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb) vai realizar amanhã uma assembleia geral para votar o indicativo de greve dos professores da instituição, que reivindicam reajuste salarial de 8% e reclamam do não cumprimento da data base da categoria, que é o mês de janeiro. Para tentar garantir a instituição do reajuste, a associação impetrou mandado de segurança na 3ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, mas o pedido de liminar foi negado pelo juiz Ruy Jander Teixeira.
Na decisão, o juiz alega que “a concessão da liminar na forma como requerida implicaria na concessão de aumento ou extensão de vantagens para os servidores da Universidade Estadual da Paraíba”, o que, segundo o magistrado, contraria a lei que disciplina a concessão de mandado de segurança. Por conta do indeferimento da liminar, de acordo com o presidente da Aduepb, Jucelino Luna, a tendência da categoria é deliberar pela greve amanhã, já que todas as opções de negociação para garantir o reajuste foram esgotadas e não resultaram em nenhum avanço.
A assembleia geral está marcada para as 8h, no auditório do curso de Psicologia, localizado no campus de Campina Grande. Segundo o presidente da entidade, não há nenhuma decisão oficial sobre a interrupção das aulas nesse horário, já que compete a cada professor decidir se participará ou não da assembleia. Além de debater a questão do reajuste e votar o indicativo de greve, a assembleia de amanhã também vai discutir a escolha de uma comissão eleitoral para o processo de sucessão na Aduepb.
Se decidirem entrar em greve, os docentes se juntarão aos servidores técnico-administrativos da instituição que, pela mesma razão, estão de braços cruzados desde o mês de março. Sobre a insatisfação da categoria por conta da não concessão do reajuste, Jucelino Luna recordou que essa questão se arrasta desde o início do ano, sem nenhuma perspectiva de solução por parte da reitoria da UEPB ou da gestão estadual.
“Há um sentimento da categoria de deflagrar greve e nós, enquanto representantes, vamos encaminhar isso para a assembleia deliberar. Já esgotamos as possibilidades de negociação com a reitoria e o governo, somos a única categoria do Estado que teve zero de reajuste. Não temos mais para onde ir, a não ser caminhar para um processo de radicalização, já que a greve é um direito nosso”, enfatizou.
A reportagem também procurou a reitoria da UEPB e a Secretaria de Finanças do Estado, mas ninguém foi localizado para falar sobre o processo de negociação e a possibilidade de greve dos professores.
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