VIDA URBANA
Professores da UFCG e IFPB deflagram greve
Mais de 22 mil estudantes vão ficar sem aulas a partir da próxima semana na Paraíba.
Publicado em 18/06/2015 às 6:00
Menos de um mês depois de terem rejeitado a proposta de deflagrar greve no final de maio, os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) decidiram ontem aderir à greve nacional dos servidores federais, a partir do dia 25 de junho. A assembleia da Associação dos Docentes da UFCG (Adufcg) foi realizada, simultaneamente, nos campi de Campina Grande, Cuité, Sumé e Pombal. Ao todo, 264 docentes votaram pela greve e 249 votaram contra.
Na votação anterior, o placar foi mais apertado, com 178 votos a favor e 174 votos contrários. Como os professores dos campi de Patos e Cajazeiras da UFCG, que fazem parte de outros sindicatos, já entraram em greve, a paralisação deve atingir os 19 mil alunos de graduação e pós-graduação da universidade.
O reitor da UFCG, Edilson Amorim, afirmou compreender e respeitar o movimento grevista, especialmente no que se diz respeito a massa salarial e progressão de carreira. “Os docentes estão firmes e serenos nessa luta e sua pauta de reivindicação é extremamente importante. Insistiremos no avanço das negociações com o Ministério da Educação, para que essa greve resulte no menor prejuízo possível para a comunidade, especialmente para os estudantes”, frisou.
Os professores e servidores técnico-administrativos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus Campina Grande, também decidiram em assembleia realizada na última terça-feira aderir à greve nacional. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB), os trabalhadores cruzarão os braços por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (22) e cerca de 3 mil alunos devem ficar sem aula.
Os docentes e técnico-administrativos do campus do IFPB João Pessoa também realizaram assembleia na terça-feira, mas rejeitaram a proposta de greve. Na assembleia, os participantes definiram que vão realizar duas paralisações, para mobilizar a categoria, nos dias 6 e 7 de julho. Segundo Maria da Conceição Castro, uma das coordenadoras do sindicato, os campi de Sousa e Cajazeiras também realizaram assembleia ontem e votaram a favor da greve.
Outros campi da instituição, como Patos e Monteiro, ainda vão votar o indicativo de greve. A reportagem do Jornal da Paraíba tentou contato com o reitor do IFPB, Cícero Nicácio, mas ele não quis se pronunciar sobre o assunto porque nem todos os campi decidiram fazer greve.
Com as decisões dessa semana, a maior parte dos servidores e docentes das instituições federais de ensino aderiram à greve nacional, que em algumas instituições teve início ainda no mês de maio.
A pauta nacional de reivindicações cobra reajuste de 27,3% para todas as categorias do serviço público federal, data-base no dia 1º de maio, implantação de uma política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas salariais, a paridade entre ativos e aposentados, reestruturação da carreira, dentre outros pontos.
CATEGORIAS QUE ESTÃO EM GREVE NA PARAÍBA
UFPB
Servidores técnico-administrativos
Professores
UFCG
Servidores técnico-administrativos
Professores
IFPB
Campus Campina Grande – professores e servidores em greve a partir do dia 22
Campus João Pessoa – apenas paralisações nos dias 6 e 7 de julho
Campi de Sousa e Cajazeiras – professores e servidores em greve a partir 13 de julho
UEPB
Servidores técnico-administrativos
Professores – realizam assembleia amanhã para votar indicativo de greve
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