VIDA URBANA
Professores dão aula em situação de risco
Educadores que convivem com alunos em sistuação de vulnerabilidade social enfrenteam diversos riscos.
Publicado em 14/10/2012 às 19:00
Conviver com alunos em situação de vulnerabilidade social é outro desafio para os educadores. Quem ensina em escolas inseridas em comunidades carentes sabe o que é ensinar lidando com ameaças que vêm de dentro e de fora da escola.
“A violência é um fato real que atinge não só as escolas da grande João Pessoa, mas de toda a Paraíba. Precisamos de uma maior participação da Patrulha Escolar, dando apoio nas áreas de periferia”, declara o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), Carlos Belarmino.
Segundo ele, existem escolas que possuem toque de recolher. “O professor não pode ficar até mais de 21h porque é perigoso”, afirma, ao acrescentar que também faltam profissionais psicólogos e assistentes sociais para trabalhar a conscientização nas escolas.
“Temos menos de 200 profissionais nesse perfil, para atender 804 escolas estaduais em toda a Paraíba”, cita. Ainda conforme Carlos Belarmino, também há falta de professores qualificados principalmente nas disciplinas de Física, Química e Biologia.
“Não existe incentivo para que as pessoas façam licenciatura. Enquanto tivermos o trabalhador em educação ganhando dois salários mínimos como piso, não há motivação para ensinar.
Tem muito professor deixando a sala de aula, por causa da necessidade de ‘sobrevivência’”. Para uma carga horária de 30h semanais, um professor estadual ganha na faixa de R$ 1.038, conforme o coordenador do Sintep-Pb.
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