Professores do Estado vão avaliar reajuste salarial

No dia 20 de janeiro próximo, professores das escolas públicas estaduais da Paraíba vão avaliar o início do ano letivo e o reajuste salarial anunciado pelo governo do Estado na semana passada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação na Paraíba (Sintep PB), Carlos Belarmino, o início do ano letivo pode, inclusive, ser atrasado, caso a assembleia aprove uma paralisação antes mesmo do início das aulas. O ano letivo nas 1.036 escolas estaduais está previsto para começar no dia 13 de fevereiro.

Na Paraíba, em 2011, 399.486 alunos estavam matriculados nas escolas estaduais. Em salas de aula, há 16.786 professores, mas são em torno de 25 mil servidores da Educação estadual. No dia 19 de dezembro, o governador do Estado anunciou reajuste salarial para todos os servidores públicos ativos e inativos. De acordo com o anúncio do governador, os professores terão um aumento de 10% e uma diferenciação de bolsa de desempenho variável, a partir de R$ 265,00.

“Para os professores, o reajuste deveria respeitar o custo por aluno, o que seria em torno de 16%. A assembleia do dia 20 tem poderes para tomar decisões e vamos avaliar, inclusive o não início das aulas no dia 13 de fevereiro. Dependendo do que for decidido, o ano letivo pode ter seu início prejudicado”, destacou o presidente do Sintep, Carlos Belarmino.

O professor José Mário, do Centro de Estudo Supletivo Antônio Severino Souza, disse também que não ficou satisfeito com o reajuste anunciado pelo governo. “Grande parte do nosso aumento vem como forma de bolsa. Mudaram o nome de abono para bolsa, mas é a mesma coisa. A bolsa não incide para aposentadoria, férias ou 13º salário. Não podemos trabalhar dessa forma. Precisamos dos dados concretos, como será o aumento e quais os verdadeiros salários”, destacou o professor que está no magistério há 29 anos.

O presidente do Sintep destacou também que na assembleia será discutida a nova ordenação das escolas para 2012.

“Realmente, há escolas que não têm condições mínimas de funcionamento e precisam ser fechadas e os alunos remanejados. Mas, vamos observar esse processo de perto”, disse Carlos Belarmino.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação para comentar as reivindicações dos professores, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.