VIDA URBANA
Profissionais de saúde se emocionam ao falar de prematuros
"O desafio nosso é fazer com que essa criança que está aqui saia sem sequelas e tenha uma vida vitoriosa”, diz médica Juliana Soares.
Publicado em 25/11/2015 às 11:05
No mural da Ala Canguru, um pedacinho de papel chama a atenção. Escrito a lápis, um bilhete serve de inspiração para médicos, enfermeiros e demais profissionais envolvidos na missão de salvar vidas de bebês prematuros. O agradecimento feito por uma mãe emociona quem lê. Diz assim: “Quero com carinho agradecer a todos os profissionais que com atenção e carinho 'cuidou' das minhas filhas. Que Deus abençoe grandemente a todos. Um beijo carinhoso. De Kézia, Gabryella e Mykaella”. O método Canguru é reconhecido pelo Ministério da Saúde como uma forma de minimizar os índices de mortalidade.
O trabalho com prematuros parece despertar sentimentos diversos nos profissionais. A médica neonatologista Juliana Soares diz que é gratificante ver uma criança superar essa fase sem sequelas. “O agradecimento deles é muito importante. Quando a gente encontra crianças, adolescentes e jovens agradecendo a nós, profissionais de saúde, por terem sobrevivido, todo mundo chora. Isso não tem preço. O desafio nosso é fazer com que essa criança que está aqui saia sem sequelas e tenha uma vida vitoriosa”, conclui.
Francisco França
Médicas Juliana Soares e Euda Aranda se emocionam ao falar do trabalho."É gratificante ver um bebê que nasceu prematuro feliz e saudável".
A médica Euda Aranda, coordenadora do método Canguru no ICV, também se emociona ao falar dos prematuros. “Eu diria que é apaixonante ver um bebê que nasceu com 600 gramas ir para casa com 1,7kg nos braços da mãe. Elas mandam fotos das crianças para nós. A atenção humanizada ao recém-nascido de baixo é prioridade do Ministério da Saúde e graças a isso temos evitado muitas mortes”, ressalta. Na assistência ao prematuro também estão as vacinas e o banco de leite humano, que inclusive precisa de doações.
O método Canguru foi implantado no ICV há 16 anos e foi reconhecido pelo Ministério da Saúde como maternidade de referência estadual para a atenção humanizada ao recém-nascido. Na ala, as mães ficam o tempo todo com os seus bebês, sendo permitida a utilização do método também com os pais.
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