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VIDA URBANA

Projeto de mercado não sai do papel

Em 2012, antigo Mercado Modelo foi demolido para a construção de uma nova estrutura, mas nenhuma ação da PMJP ainda foi vista.

Publicado em 04/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:08

Os comerciantes e as pessoas que passam diariamente no antigo Mercado Modelo, a antiga feira de trocas, localizada no bairro Varadouro, ao lado do Terminal Rodoviário de João Pessoa, sofrem constantemente com o mal cheiro ocasionado pelo acúmulo de lixo, esgoto, destroços, resíduos orgânicos e poluentes.

Em 2012, o mercado público foi demolido para a construção de uma nova estrutura, que integraria um projeto de reestruturação da região, idealizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), entretanto, até o momento nenhuma ação da prefeitura foi vista na localidade. As pessoas que precisam passar todos os dias por lá e que necessitam do espaço para manterem seus comércios, reclamam do descaso, da falta de informação sobre o projeto e, principalmente, da infraestrutura.

Hoje, o cenário da antiga feira é composto por esgoto, lixo, a instalação de moradias irregulares e ausência de calçadas. Os pedestres que precisam passar pela localidade para pegarem transporte coletivo, esbarraram no risco de caírem em meio aos destroços, de se machucarem em algum objeto imerso no lixo e, sobretudo, na possibilidade de contraírem alguma doença, tendo em vista a presença de insetos e de agentes transmissores presentes no esgoto aberto.

A situação impossibilita o trabalho dos motoristas de táxi que circulam e fazem ponto no terreno. O taxista Jonas Pereira, de 41 anos, usa o ponto diariamente e afirma que os passageiros hesitam em optarem pelos transportes que estão estacionados no local, pela falta de calçada e com medo de entrarem em contato com a lama do entorno.

"As pessoas fazem as necessidades fisiológicas nessa área, fica um mau cheiro, acaba sujando os nossos carros. Os nossos clientes não querem às vezes pegar corrida com a gente por conta dessa situação. A prefeitura deveria tomar alguma providência, agora deixar isso aqui abandonado", explicou
A insatisfação é geral, não só os taxistas mas todos os trabalhadores que dependem das pessoas que passam pelo terreno para exercerem suas atividades comerciais.

A fiscal Jaci Oliveira, de 28 anos, passa o dia inteiro no local e nunca presenciou nenhuma visita de algum agente realizando ou iniciando alguma obra."Isso é uma falta de respeito com as pessoas. Aqui é um ponto onde vêm muitas pessoas todos os dias. Ficamos bem aqui na frente da rodoviária, passam turistas e essa situação é uma vergonha para nossa cidade. Desde a outra gestão que isso aqui não muda. Um odor terrível. A prefeitura precisa tomar alguma atitude quanto a isso", ressaltou.

As crianças que transitam com frequência pela região também correm sérios riscos quanto à saúde e do perigo de se machucarem com objetos cortantes. A diarista Maria de Lurdes, de 46 anos, passa com o neto de 4 anos, e teme pela sua saúde." Eu caí duas vezes, passo aqui toda semana com meu neto e tenho medo dele pegar alguma doença ou cair. É difícil a situação", ratificou Maria de Lurdes.

A população explica que era melhor não ter acontecido a demolição, porque pelo menos havia uma mínima estrutura, pois, atualmente, nem a coleta de lixo é realizada. Plena situação de descaso. "Eu preferia como era antes. Sei que não era o melhor, mas antes pelo menos não tínhamos que andar em meio a lama", destaca Maria de Lurdes.

Dona de uma lanchonete, Susana de Fátima, de 46 anos, alerta que o seu estabelecimento necessita de uma mínima infraestrutura. O esgoto incomoda os seus clientes que frequentam o local, diminuindo assim o seu faturamento". Faz muito tempo que está assim, tínhamos uma feira com bancas.

Depois que demoliu, ninguém vem aqui, o esgoto fica aberto atrapalhando os trabalhadores. O meu comércio mesmo depende da limpeza, porque comercializo alimentos. Não sei mais o que fazer", ressalta a comerciante.

O QUE DIZEM SEINFRA, SEPLAN E SEDURB

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa (Seinfra), até o momento, o órgão desconhece o envio de alguma autorização de ordem de serviço, no que diz respeito a algum projeto idealizado e encaminha ao órgão, pela Secretaria de Planejamento do Município de João Pessoa (Seplan).

O secretário de Planejamento do município, Rômulo Polari, por sua vez, explica que o projeto não compete à Seplan, mas sim à Secretária de Desenvolvimento e Controle Urbano de João Pessoa (Sedurb). " A Secretaria de Planejamento não está responsável por esse projeto e geralmente recebemos encaminhamento da Sedurb, quando trata-se da reestruturação de uma feira popular ou transferência dos comerciantes, como foi o caso", ratificou Polari.

Até o fechamento dessa edição não conseguimos entrar em contato com o secretário de Desenvolvimento e Controle Urbano de João Pessoa, João Almeida. No entanto, a assessoria de comunicação da Sedurb foi contactada, porém, afirmou desconhecer o projeto que venha a beneficiar o terreno do antigo mercado público.

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Jornal da Paraíba

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