VIDA URBANA
Promotor cobra mapeamento
Segundo promotor, através deste mapeamento serão investigaas as condutas dos pais que deixam os filhos abandonados.
Publicado em 01/08/2014 às 8:41 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:27
Conforme o promotor de Infância e Juventude, Herbert Targino, o Ministério Público da Paraíba já requisitou um levantamento e mapeamento das crianças e adolescentes que vivem em vulnerabilidade social em Campina Grande. A prefeitura do município terá até a segunda semana no mês de agosto para apresentar dados.
O promotor explicou que através deste mapeamento irá investigar a conduta dos pais que deixam os filhos abandonados. “Sabemos que nem todas as crianças e jovens que estão nas ruas são moradores. Na verdade a maioria tem casa e família, mas ficam nesta situação. Através desse mapeamento vamos procurar os pais para notificá-los e se for preciso, tomar outras atitudes maiores”, disse o promotor.
Ainda de acordo Herbert Targino, o Ministério Público também está exigindo providências para seja construído, em Campina Grande, o Centro de Atendimento 24 horas para crianças, adolescentes e jovens usuários de drogas. “A única cidade que tem este Centro, na Paraíba, é João Pessoa. Vamos cobrar que Campina Grande também tenha local como esse”, disse ele.
O coordenador do projeto Ruanda, Francisco Miguel, disse que os assistentes têm o conhecimento das crianças e adolescentes que ficam na praça Clementino Procópio, porém, segundo ele, o trabalho do Ruanda é de tentar conscientizá-los e não reprimir. “Semanalmente vamos lá e conversamos com eles, orientando a voltarem para a escola e participaram de ações como o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), mas eles mesmo não querem, preferem ficar nas ruas pedindo dinheiro e usando drogas”, disse o coordenador.
Já em relação ao centro de atendimento mencionado pelo promotor, a secretária executiva de saúde do município, Eudézia Damaceno, disse que a Rede de Atenção Psicossocial, do Ministério da Saúde, já aprovou a construção de uma unidade para adultos e adolescentes em Campina Grande, mas que ainda não há data para liberação dos recursos e construção desse espaço.
Saiba Mais
O comandante do 2° Batalhão de Polícia Militar (2°BPM), coronel Lívio Delgado, informou que tem conhecimento e faz o que pode para evitar, mas reconheceu que a polícia não intimida os adolescentes. “Quando flagramos adolescentes cometendo atos infracionais realizamos todo o procedimento. Apreendemos, vamos na casa dos pais, levamos para a delegacia, mas eles acabam sendo liberados na maiorias das vezes e ainda saem xingando as autoridades. Não é um problema só criminal. É principalmente um problema social”, destacou.
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