Promotoria solicita prontuário sobre morte de bebê em maternidade

Karoline Zilah

O promotor da Infância e Juventude de Campina Grande, Herbert Targino, enviou um ofício ao Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) solicitando as cópias dos registros e anotações médicas sobre o bebê que morreu na maternidade 14 dias depois de nascer. O caso foi denunciado pela mãe, a auxiliar administrativa Rosângela Quessada Santos, na quinta-feira (21) pela manhã na Central de Polícia de Campina Grande.

A mulher suspeita que o bebê tenha sofrido alguma negligência no hospital. Em seu depoimento, a mãe declarou que foi encaminhada ao Isea ao sétimo mês de gravidez porque estava perdendo líquido amniótico. O parto, uma cesariana, teve que ser feito poucos dias depois, em 28 de setembro.

Conforme a mãe, ela teria recebido a informação da médica de que uma das pernas do bebê teria sofrido uma fratura durante o parto, devido à fragilidade da criança prematura.

A diretora do hospital, Francimar Ramos, declarou que foi dada toda a assistência necessária ao recém-nascido e à mãe. Ela disse suspeitar que o bebê já estivesse sofrendo uma infecção antes mesmo do parto, e que os problemas não teriam sido causados pela equipe médica. “Estamos dispostos a prestar qualquer esclarecimento que a Justiça solicitar”, comentou.

De acordo com o promotor, o prontuário médico será encaminhado ao Conselho Regional de Medicina, que abrirá uma sindicância para apurar o caso.

Outro inquérito policial e uma sindicância do CRM envolvendo o Isea estão em fase conclusiva. No final do ano passado, um bebê teria sofrido um estrangulamento durante o parto.