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VIDA URBANA

Protesto com invasão em CG

Manifestantes pedem Passe Livre em Campina Grande e acampam no Palácio do Bispo, sede do governo municipal.

Publicado em 27/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:03

Após mais um dia de protestos em defesa do passe livre na cidade de Campina Grande, os participantes do movimento acamparam ontem no Palácio do Bispo - Gabinete do Prefeito. Em busca de uma negociação, o prefeito Romero Rodrigues esteve no local e recebeu uma pauta de reivindicações dos manifestantes, mas não obteve êxito e, até o fechamento desta edição, os manifestantes continuavam no local.

O protesto teve início na Praça da Bandeira, por volta das 14h.

Depois, em grupo formado por cerca de 200 pessoas, eles se dirigiram para a frente da Secretaria de Administração e Finanças, na Avenida Floriano Peixoto e interditaram a via nos dois sentidos, provocarando a paralisação do tráfego de veículos. Em seguida, os manifestantes seguiram em caminhada para o Terminal de Integração, passaram pelos dois lados do local e se dirigiram para o Gabinete do Prefeito. Algumas lojas fecharam as portas mais cedo por causa da manifestação.

Ao chegar no Palácio do Bispo, o grupo encontrou os portões fechados e equipes da Guarda Municipal e da Polícia Militar fazendo a segurança do local. Eles forçaram a entrada e pularam as grades para ter acesso ao interior do prédio.

Minutos depois, os seguranças decidiram abrir os portões para evitar maiores tumultos. Com gritos de guerra que incluíam xingamentos com palavrões contra o prefeito da cidade, os manifestantes soltaram bombas na frente do prédio, hastearam bandeiras pretas no lugar das bandeiras de Campina Grande e da Paraíba e acamparam no jardim do palácio, onde passaram a noite mesmo após terem sido recebidos pelo prefeito.

Sentado nas escadarias da entrada do Palácio do Bispo junto com os manifestantes que estavam acampados no local desde a tarde, Romero fez várias tentativas de explicar os questionamentos feitos pelos integrantes da manifestação sobre passe livre, gestão pactuada e piso salarial, mas por várias vezes teve sua fala interrompida por alguns que exigiam do prefeito a decretação imediata do passe livre em Campina. Diante da dificuldade de manter um diálogo produtivo com os manifestantes, uma audiência pública foi marcada para o dia 3 de julho, às 14h, em local a ser definido.

Para o prefeito Romero Rodrigues, as reivindicações são válidas, mas é preciso compreender como funciona a máquina pública e as limitações que a gestão municipal possui. Ele destacou que é preciso avaliar todas as condições e ver quem é que vai arcar com as despesas. “É preciso debater com naturalidade. Tenho minha origem no movimento estudantil e compreendo as reivindicações, que são legítimas. Na medida do possível vamos fazer o que estiver dentro das condições do poder público, como já vimos fazendo e já reduzimos em R$ 0,10, voltando a passagem ao preço praticado em janeiro de 2012”, frisou o prefeito.

Ele tentou explicar as dificuldades que enfrenta para gerir a Prefeitura Municipal, bem como buscou expor as ações que já executou e que teriam resultado em benefícios para os usuários de transporte coletivo na cidade, a exemplo da integração temporal e o passe livre para deficientes auditivos, que não existia no município.

Apesar de reunir um número pequeno de pessoas em comparação ao grande protesto realizado na semana passada, o movimento de ontem não foi tão pacífico quanto o anterior. Por onde os manifestantes passaram, alguns hostilizaram pessoas, jogaram bombas em direção das equipes de reportagem que trabalhavam na cobertura do protesto e picharam prédios públicos, a exemplo do Terminal de Integração.

PROTESTOS TAMBÉM EM JOÃO PESSOA E MAMANGUAPE

A partida entre Brasil e Uruguai não impediu que centenas de jovens ocupassem as ruas do Centro de João Pessoa e de Mamanguape, ontem à tarde, e realizassem protestos populares. Na capital, no mesmo horário em que ocorria o jogo, cerca de 300 manisfestantes, de acordo com estimativa da Polícia Militar, saíram em passeata, com faixas, bandeiras e palavras de ordem, reivindicando o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33, que pretende reduzir os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Houve transtornos no trânsito e o Terminal de Integração de João Pessoa precisou ser fechado por quase 30 minutos, porque as ruas que davam acesso ao local estavam ocupadas. A manifestação foi realizada pela movimento “Reação Nacional”, coordenado por universitários. De acordo com um dos organizadores, Luciano Pinto, a PEC 33 não pode ser aprovada porque enfraquece o poder judiciário do Brasil. “Essa PEC vai permitir que os senadores possam derrubar as decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal. Isso contraria a autonomia dos poderes e fere a Constituição. Por isso, somos contrários”, disse.

A manifestação durou pouco mais de duas horas. Os protestantes se reuniram na entrada do colégio Liceu Paraibano. Por volta das 16h30, saíram do local em direção ao Parque Solón de Lucena. Em cada cruzamento, sentavam e até deitavam sobre o asfalto, mostrando as faixas. Com caras pintadas e máscaras, cantavam o hino nacional e davam palavras de ordem, incentivando as pessoas que estavam nas ruas a também participar do movimento. “Venha pra rua” e “Você que está parado também é explorado” foram algumas frases usadas durante o percurso.

Por conta do protesto, algumas lojas fecharam as portas mais cedo e os ônibus deixaram de circular no anel interno da Lagoa e foram desviados para o anel externo, parando em frente às lojas. Os manifestantes seguiram por baixo do Viaduto Damásio Franca, fizeram uma parada em frente ao Comando Geral da Polícia Militar, e outra em frente Paço Municipal de João Pessoa. Em seguida, seguiram em direção ao Palácio do Governo.

Durante todo o percurso, não houve incidentes nem confronto com a polícia.“Nosso movimento é pacífico, em busca apenas de um Brasil melhor”, disse Israel Gouveia, outro organizador da manifestação.

EM MAMANGUAPE
Outro protesto popular ocorreu na cidade de Mamanguape, localizada a 47 quilômetros de João Pessoa. Cerca de 300 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, também ocuparam as ruas para reivindicar mudanças sociais.

Segundo o comandante da 2ª Companhia de Polícia Independente, capitão Alberto Filho, a ação foi pacífica. Apesar disso, o oficial reforçou o policiamento na área. “Empregamos todo nosso efetivo e ainda solicitamos reforço extra de cidades próximas, para garantir a segurança e a ordem”, afirmou.

A Câmara dos Vereadores e uma igreja católica de Mamanguape foram alvos de pichações.

Mas o ato de vandalismo ocorreu antes da manifestação, possivelmente, no período noturno. “Só quando amanheceu é que percebemos isso. Ninguém do protesto assumiu a autoria das pichações”, declarou o oficial. (Nathielle Ferreira)

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Jornal da Paraíba

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