VIDA URBANA
Protesto de Mulheres do MST interdita trecho da Avenida Epitácio Pessoa
Semob está no local, desviando o trânsito no sentido Praia-Centro através da Avenida Rio Grande do Sul. Já no sentido Centro-Praia, a orientação é utilizar a Avenida Júlia Freire.
Publicado em 10/03/2015 às 10:51
Um protesto realizado por mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) parou durante a manhã desta terça-feira (10) o trânsito na avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa. A manifestação, que acontece desde as 10h em frente a uma agência da Caixa Econômica Federal na altura do Bairro dos Estados, faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres e tem como objetivo exigir que a Caixa libere recursos para a construção de casas nos assentamentos rurais.
A ação contou com a adesão de cerca de cerca de 100 pessoas e bloqueou os dois sentidos da via. Agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) estão no local para guiar motoristas e pedestres. Equipes do órgão estão desviando o trânsito no sentido Praia/Centro, por meio da Avenida Rio Grande do Sul. Já no sentido Centro/Praia, a orientação é utilizar a Avenida Júlia Freire. Em toda a região, o tráfego de veículos está lento.
Desvios indicados pela Semob está causando engarrafamentos nas ruas paralelas (foto: Othacya Lopes)
A agência da Epitácio Pessoa foi ocupada e as manifestantes impediram a entrada e saída de funcionários. Houve confusão e uma das mulheres disse ter sido agredida por um dos segurança.
“Ele nos empurrou, ficou muito agressivo”, contou a agricultora Iranilda do Nascimento. “Minha situação é precária, pagava aluguel, morava dentro de um acampamento. Tenho sete filhos para criar, vivo de agricultura e não vim agredir ninguém”.
Segundo a coordenadora estadual do MST, Juliana Carneiro, cerca de 587 famílias vivem acampadas nas terras recebidas e algumas esperam há mais de cinco anos pelas obras. “Até o momento a Caixa diz que não tem recurso para contratação das unidades. Antes, eram os projetos. A gente se organizou, elaboramos o projeto e entregamos. Desde 2013. Agora a desculpa é outra”, comentou.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato às 11h desta terça-feira com a assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal, contudo as ligações não foram atendidas.
Protestos no Banco do Brasil
Outro grupo protestou na manhã de hoje em frente a agência do Banco do Brasil na Epitácio Pessoa. Os manifestantes, integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), também exigiam a liberação de recursos pelo banco para a construção de casas.
No ano passado, membros da comissão já haviam mostrado insatisfação com a demora do pagamento, assegurado desde março de 2013, por meio do Programa Nacional de Habitação Rural. Na época, a assessoria do banco assegurou que não houve qualquer violência e que o movimento chegou de forma pacífica
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