VIDA URBANA
Protestos causam transtornos em JP
Protestos realizados por servidores públicos federais, entre eles professores e policiais, parou trânsito da capital nesta quinta-feira (9).
Publicado em 10/08/2012 às 6:00
Caos. Foi assim que ficou o trânsito na manhã de ontem, nas imediações da Lagoa do Parque Sólon de Lucena, no Centro de João Pessoa. Os transtornos foram gerados por uma manifestação realizada por servidores públicos federais, como professores e servidores técnico-administrativos das universidades federais da Paraíba e de Campina Grande e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), servidores dos Ministérios da Saúde e Agricultura e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os mesmos transtornos no trânsito aconteceram também na BR-230, desta vez devido ao protesto dos policiais rodoviários federais.
No Centro da capital, os manifestantes se concentraram na Praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa, por volta das 9h, em seguida caminharam em marcha até o Parque Sólon de Lucena, deixando o trânsito congestionado.
No entorno da Lagoa, o engarrafamento durou por quase toda manhã. Os manifestantes percorreram o anel interno da Lagoa.
Em frente a um laboratório particular, os grevistas pararam para fazer panfletagem e mostrar insatisfação com o governo federal. Eles reafirmaram a continuidade da greve.
Segundo o professor e integrante do Comando Local de Greve, Daniel Antiquera, os grevistas não pretendiam causar transtornos à sociedade pessoense. “Não tínhamos a intenção de prejudicar a população, é tanto que os trechos foram bloqueados temporariamente. O intuito é mostrar à população que estamos dispostos a negociar e acabar com a greve, mas o governo se mantém intransigente”, assegurou.
De acordo com o chefe de Divisão de Operações de Trânsito da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), por se tratar de um protesto, o órgão não podia apoiar o movimento, mas disse que o efetivo foi reforçado para garantir a organização do trânsito.
“Ficamos na retaguarda para proteger o trânsito e evitar maiores congestionamentos”, disse.
Segundo ele, manifestações como essa prejudicam a população como um todo. “Ao invés das categorias fazerem manifestações pacíficas, optam por protestos como esse que só prejudicam a população e geram transtornos no trânsito”, opinou.
O supervisor da Semob, Wanderley Amorim, explicou que os agentes de trânsito interromperam a passagem de veículos em quatro setores. “Seguramos o trânsito nas ruas Visconde de Pelotas, Barão do Abiaí, Parque Sólon de Lucena e Padre Meira, onde desviamos o tráfego pelo anel externo da Lagoa”, afirmou.
Motoristas de ônibus e dos demais veículos, passageiros e a população em geral, sentiram-se prejudicados. Foi o caso da aposentada Maria Fernandes, que aguardou a chegada do ônibus por 40 minutos, na parada da Lagoa.
“Os ônibus já demoram a passar, ainda mais com um protesto atrapalhando o trânsito desse jeito. Já estou vendo o ônibus do outro lado da Lagoa, há uns dez minutos e pelo visto ainda vai demorar para chegar até aqui”, desabafou.
O comandante em exercício do 1º Batalhão de Polícia Militar, Major Fortes, informou que o efetivo da PM foi chamado para evitar badernas. “Sempre estamos presentes para impedir que sejam feitas ameaças ao patrimônio alheio, bem como para garantir a segurança da população, tendo em vista que em todas as classes sociais existem aqueles que protestam a favor de seus direitos como também há aqueles que vão provocar a desordem”, disse. No entanto, afirmou não foi registrado nenhuma situação de desobediência ou desordem durante o protesto.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou ontem em Brasília que está finalizando as contas do Orçamento Anual de 2013 para ver que tipo de reajuste será possível apresentar aos servidores para vigorar a partir do ano que vem. (Colaborou Luzia Santos)
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