icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Qual a melhor hora para oferecer alimentos alergênicos para o bebê? Confira

Especialistas orientam pais a melhor hora e maneira de introduzir novos alimentos na dieta da criança.

Publicado em 11/02/2018 às 7:00 | Atualizado em 11/02/2018 às 15:36


                                        
                                            Qual a melhor hora para oferecer alimentos alergênicos para o bebê? Confira
Foto: Divulgação

				
					Qual a melhor hora para oferecer alimentos alergênicos para o bebê? Confira
Leite, oleaginosas e ovos estão entre os alimentos considerados 'alergênicos'. (Foto: Divulgação).

Embora as restrições alimentares estejam cada vez mais comuns nas vidas das crianças atualmente em função de alergias, uma pesquisa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) mostra que aproximadamente 85% delas perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos que lhes provoca alergia alimentar entre os três e cinco anos de idade. A orientação, portanto, é de que os alimentos, mesmo os alergênicos, como leites, oleaginosas e ovos, sejam introduzidos a partir dos seis meses de idade da criança, de maneira isolada, para que se possa monitorar a reação do bebê a cada um deles e, caso haja reação, eles sejam reintroduzidos após um período de três meses.

"Atualmente, o que se vê é que não há diferença na chance da criança desenvolver alergia, até mesmo aqueles que já são predispostos, ou seja, que têm um parente de primeiro grau com aquela alergia", afirma a médica pós-graduada em Pediatria, Klarice Teles. "Pelo contrário: se você deixar para introduzir mais tarde, a criança tá, de certa forma, perdendo a oportunidade de ter contato com esses nutrientes nessa segunda etapa de vida. A partir dos seis meses de idade, ela passa a ter outras necessidades nutricionais", pontua a médica.

Segundo ela, não deve existir diferença entre a forma como são introduzidos os alimentos alergênicos da maneira como são introduzidos os demais alimentos. "Qualquer alimento, a criança pode ter alergia. Então o que nós sugerimos é que seja introduzido um alimento de cada vez. Porque no caso de acontecer algum tipo de reação, fica mais claro para os pais saberem qual foi", orienta. O ideal, portanto, é que haja um espaço de pelo menos 72 horas entre a introdução de um novo alimento e outro.

Alergia em bebês pode alterar também dieta das mães


				
					Qual a melhor hora para oferecer alimentos alergênicos para o bebê? Confira
Maria Clara, que hoje tem um ano e dois meses, apresentou sintomas da alergia já nos primeiros dias de vida. (Foto: Arquivo pessoal).

Para a advogada Camilla Tavares, mãe de Maria Clara, de um ano e dois meses, a alergia alimentar da filha à proteína do leite fez com que ela mesma tivesse que alterar sua rotina alimentar, tirando da sua dieta tudo aquilo que possuía leite ou, mesmo, traços de leite (caso algum alimento sem leite seja preparado em uma máquina usada para a preparação de outro alimento com leite, esse alimento terá traços de leite). Isso fez com que ela perdesse 21 kg, após ter ganhado 13 kg durante a gravidez.

A alergia de Maria Clara foi diagnosticada quando ela tinha apenas 15 dias de vida - isso porque já nos seus primeiros dias de vida ela teve reações, chegando a evacuar 30 vezes ao dia. Assim que diagnosticada a alergia, a alimentação da sua mãe, que a amamentava, foi totalmente alterada. Quando Maria Clara estava prestes a completar um ano de vida, porém, alguns alimentos com leite começaram a ser introduzidos: primeiro, alimentos que tivessem sido assados, como bolos e biscoitos; depois, gradualmente, foram sendo introduzidas novas opções. Hoje, o leite já faz parte de sua dieta e ela não tem mais reações.

Possíveis manifestações 

A alergia pode se manifestar de diversas maneiras: na maioria das vezes, é através de uma espécie de vermelhidão ao redor da boca. Em casos mais fortes, podem também aparecer manchas vermelhas pelo corpo, com placas mais elevadas. Coceiras, alterações gastrointestinais e até mesmo diarreia com sangue ou vômito também são reações possíveis, em caso de alergia. De acordo com a médica, dificilmente o quadro de uma alergia alimentar evolue para uma insuficiência respiratória.

É hereditária? Nem sempre

Muitas vezes, a alergia dos pais não passa para os filhos: mesmo que o pai ou a mãe da criança tenha uma alergia muito forte a determinado alimento, isso não quer dizer que necessariamente o filho vai ter, sendo indicado, portanto, que sempre seja feita a introdução de maneira adequada de todos os alimentos - alergênicos ou não. É o caso, por exemplo, da administradora Raíssa Gama, mãe de uma criança de três anos. Embora ela seja alérgica a crustáceos como caranguejo, sua filha até hoje não manifestou nenhuma reação. "Ela até hoje não teve alergia a nada. Sempre tive um pouquinho de medo, mas sempre ofereço a ela as comidas para ela experimentar e, aí, vou sentindo. No caso do caranguejo, ela mesmo que não gostou, mas não teve nenhuma reação. E como ela é 'boa de boca', acabei sem insistir", conta.

O que fazer 

Caso seja observada alguma reação, porém, os pais devem levar a criança ao pediatra. Se o alimento tiver sido oferecido de forma isolada, como orientado, será feito identificar qual é aquele que está causando a reação. Esse alimento deve ser excluído da dieta da criança e ser oferecido novamente após três meses. Havendo mais uma vez a reação, deve-se até que a criança complete um ano e meio para se fazer um novo teste.

Somente a partir dos dois anos de idade é possível fazer o teste cutâneo de alergia - trata-se de um método "in vivo" que consiste em detectar quais alérgenos (são substancias de origem natural, ambiental ou alimentar que podem induzir a uma reação alérgica) que o indivíduo é sensível. Esse teste é capaz de detectar sensibilidade a inalantes como, por exemplo: ácaros, gramíneas (pólens), fungos, epitélio de cão, epitélio de gato, penas e baratas. Pode detectar também sensibilidade a alimentos como: leite e frações (alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina e caseína), gema e clara de ovo, trigo, milho, amendoim, glúten, cacau, camarão, peixe, carne bovina, carne suína e carne de frango.

Imagem

Rafaela Gambarra

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp