VIDA URBANA
Radiação alcança nível alto na Paraíba
UV registrado na Paraíba é considerado muito alto e extremo já que na maior parte do Estado alcança o nível 10, podendo chegar a 11.
Publicado em 05/08/2014 às 6:00
Mesmo estando no inverno, o índice de radiação ultravioleta (UV) registrado na Paraíba é considerado muito alto e extremo já que na maior parte do Estado alcança o nível 10, podendo chegar a 11 em algumas regiões, como no Curimataú e Alto Sertão. As informações são do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cpetec). Segundo especialistas, apesar das chuvas e baixa na temperatura durante esta estação, os índices deverão permanecer entre essas duas classificações no próximo verão.
De acordo com o Cpetec, o Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida da intensidade da radiação UV, relevante aos efeitos sobre a pele humana, incidente sobre a superfície da Terra. O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para uma condição de céu claro, ou seja, é para a ausência de nuvens que, na maioria dos casos, representa a máxima intensidade de radiação. Conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde, os valores são agrupados em categorias de intensidades, onde o índice menor que 2 é considerado baixo, de 3 a 5, moderado e de 6 a 7, alto. Já a variação entre 8 e 10 representa o índice muito alto, e maior que 10, extremo.
O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Ednaldo Correia, o número representado para medir o índice UV é registrado no horário do meio-dia, quando há a máxima intensidade de radiação solar, que alcança os níveis mais fortes à medida que diminui a nebulosidade no céu. “Isso porque quando há pouca nebulosidade ocorre mais radiação e é ainda mais prejudicial”, afirmou.
Para se proteger dos raios UV e amenizar os seus efeitos na pele, em João Pessoa, a população recorre aos óculos escuros, bonés ou chapéus e sombrinhas, como a dona de casa Terezinha Marinho. “Sempre ando com a sombrinha na bolsa, faça chuva ou sol, porque ela me protege das duas situações”, afirmou.
Cuidados semelhantes são seguidos pelo guardador de carros José Pedro, que não dispensa o uso do boné e dos óculos escuros. “Não dá para passar o dia todo no sol sem proteger a cabeça e os olhos, senão à noite sinto dores de cabeça”, disse.
Entretanto, os acessórios precisam ser adequados, segundo a dermatologista Francisca Estrela. “Os óculos de sol precisam ter proteção UVB, pois um longo período de exposição ao sol sem esse filtro, pode favorecer a incidência de problemas na visão e até queimaduras na retina. Sombrinhas confeccionadas com nylon não são adequadas e os protetores solares devem ser usados de acordo com cada tipo de pele, e ainda os específicos para bebês e crianças”, orientou.
Em todos os casos, e mesmo fora do verão, as pessoas devem usar o protetor solar, repondo-o a cada duas horas e se estiver na praia, piscina, ou em outros ambientes recreativos, após sair da água, é necessário enxugar a pele e repetir a aplicação do produto, conforme Estrela.
INADEQUADOS
A dermatologista ainda alertou a população para o uso de óculos escuros inadequados, vendidos facilmente por ambulantes nas ruas de João Pessoa e que atraem muitos clientes, devido aos diversos tipos de modelos e preços acessíveis. “Em vez de proteger, esses acessórios acabam abrindo as portas dos olhos para que a radiação penetre, causando sérios problemas na visão. O aconselhável é adquirir os óculos em uma ótica regulamentada e que garanta a qualidade do produto”, pontuou.
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