VIDA URBANA
Radiação em nível extremo
Previsão do Inpe é de que o índice de radiação Ultravioleta se mantenha acima de 11 na PB, que é considerado um nível extremo.
Publicado em 29/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:25
Apesar de o verão começar oficialmente apenas em 21 de dezembro, em dias de céu aberto e sol forte na Paraíba, o Índice de radiação Ultravioleta (IUV) já chega a níveis extremos, acima de 11, o que é muito prejudicial à saúde.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em nove das dez maiores cidades da Paraíba (João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux, Sousa, Cajazeiras, Guarabira, Cabedelo e Sapé), a previsão até o dia 4 de dezembro é que o Índice Ultravioleta mantenha-se em 12, a partir das 10h, ocasionado principalmente pela ocorrência de sol com poucas nuvens nos próximos dias. Normalmente, quando há nuvens no céu, esse índice varia entre 6 e 7. Já em Patos, no Sertão, de hoje até sábado, o IUV deve chegar a 13.
Entre os dias 2 e 4 de dezembro, o índice deve se manter em 12, o que também é considerado extremo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o IUV é considerado extremo quando varia de 11 a 14, tornando-se potencialmente ofensivo para o desenvolvimento de doenças na pele ou nos olhos.
De acordo com a dermatologista Zuleika Andrade, o correto é usar no mínimo um protetor solar com fator 30 no corpo e nada de passar óleo depois, ainda que a intenção seja o bronzeamento. “Se quiser hidratar a pele, é melhor um produto que contenha hidratante na fórmula”, diz a especialista.
Segundo ela, a exposição direta ao sol, principalmente das 10h às 16h, quando o IUV em nível extremos pode causar queimaduras, deve ser evitada. "Os efeitos do sol são cumulativos, provocando envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele”, alertou.
Para as pessoas que reclamam que os protetores são ruins de passar porque ficam grudando nos pelos do corpo, a dermatologista afirma que não há desculpa para ficar sem proteção, pois existem atualmente no mercado produtos de excelente qualidade em aerosol, em gel e que garantem proteção a seco.
“O ideal é que antes da aquisição do produto, seja realizada uma consulta com dermatologista, pois há um tipo específico para cada pele, seja ela oleosa, seca, com tendência a espinhas, além de filtros solares que possuem outros agentes agregadores, como hidratantes e antioxidantes”, explicou a dermatologista Zuleika Andrade.
Outra preocupação da dermatologista é com as crianças. Com o IUV em nível extremo, eles devem receber apenas os efeitos saudáveis do sol, sendo expostos por um curto período de tempo, impreterivelmente antes das 7h.
"Não existe protetor recomendável para a pele do bebê que é tão sensível. Já para as crianças, que precisam estar muito bem protegidas, o protetor precisa ser passado a cada duas horas", conclui a médica.
A administradora de empresas, Yonah Gomes, de 25 anos, não descuida da atenção com a pele, e passa protetor solar fator 30 no corpo e no rosto, diariamente antes de se expor ao sol, além de utilizar sempre óculos para proteger os olhos.
“Há cerca de 2 anos busquei atendimento com uma dermatologista porque estava sentindo ardência no corpo devido à exposição ao sol. Por ser muito branquinha, ela recomendou o uso diário de protetor solar fator 30 e óculos também com filtros protetores. De lá para cá não me descuido nenhum dia. Ainda que no fim de semana a pedida seja pelo mar ou piscina eu reaplico o produtor e aproveito o sol”, contou.
Para os adeptos de esportes radicais ou ao ar livre, a proteção deve ser redobrada. Victor Araújo, 30 anos, pratica ciclismo e se preocupa com a proteção do corpo. Apesar da cor morena e olhos bem pretos, ele não dispensa nunca os óculos escuros.
“Busco adquirir as roupas de treinamento feitas com tecidos que possuem proteção solar, e escolho sempre as camisas que possuem mangas compridas. Os óculos me protegem tanto da incidência direta do sol, quanto da poeira levantada pelos veículos pesados nas estradas”, afirmou.
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