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VIDA URBANA

Radiação solar extrema em JP

Nível da radiação solar medido na capital atingiu o nível 13 em uma escala que vai até 16 e foi classificado como extremo.

Publicado em 25/10/2012 às 6:00


Mesmo o verão chegando oficialmente em dezembro, segundo previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), João Pessoa já registra mais de um mês antes, índices preocupantes da incidência de raios ultravioleta, responsáveis por causarem câncer de pele e problemas oftalmológicos.

Ontem, de uma escala que vai de zero a 16 pontos, o nível da radiação na capital atingiu o nível 13 e foi classificado como extremo. Mesmo diante dos alertas feitos por especialistas, a população ainda ignora os riscos e se expõe à radiação solar, sem proteção.

Até dezembro deste ano, a Paraíba deverá registrar 50 casos novos de tumores de pele, de acordo com estimativa feita pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). A principal causa dos novos registros será a exposição aos raios ultravioleta. De acordo com o coordenador de Variáveis Ambientais e Tropicais do Inpe, Francisco Raimundo da Silva, a situação de João Pessoa ainda fica mais grave e a previsão é que a cidade registre dias claros e sem nuvens. “As nuvens filtram até 84% da incidência dos raios ultravioleta. Quando o dia está claro, a população fica sem essa proteção natural e, consequentemente, fica mais exposta aos danos”, disse.

O pesquisador, que é doutorando em Ciências Climáticas, acrescenta que o aumento da incidência dos raios ultravioleta é um resultado de vários fatores. O primeiro deles é o acúmulo de gases nocivos na atmosfera, a exemplo do monóxido de carbono e dióxido de carbono. Essas substâncias são emitidas, principalmente, por motores de veículos. Os gases sobem para a atmosfera e agridem a camada de ozônio, uma proteção natural que envolve o globo terrestre. A presença dos gases causam o chamado buraco na camada de ôzonio, o que, por sua vez, permite a passagem de uma quantidade maior dos raios ultravioleta à superfície terrestre, onde estão as pessoas.

“É de extrema importância que as pessoas se protejam, porque esses raios apresentam os efeitos a longo prazo. Uso de protetores solares, de chapéus, de óculos e de outros produtos que protegem do sol são algumas medidas que ajudam a evitar os danos causados pelos raios ultravioleta”, disse o especialista.

Francisco Raimundo da Silva ainda destacou que, no Nordeste, o sol nasce quase 48 minutos mais cedo do que no resto do país.

Por isso, na região, a incidência solar mais forte ocorre às 11h20 e não às 12h, como ocorre em outras localidades brasileiras.

Apesar das recomendações do especialista, nas ruas, ainda é possível encontrar pessoas que ignoram os cuidados com a exposição. A dona de casa Jacira Dorneles do Nascimento é mãe de uma criança de dois meses e sempre usa um guarda-chuva para proteger a criança, quando sai de casa. No entanto, com ela própria, não há essa preocupação. “Eu só tomo muita água mesmo. Não uso protetor solar”, conta.

O montador de elevador Francisco Lopes de Albuquerque também só adota os cuidados com a filha, de três anos de idade.

“Eu sempre passo protetor solar nela, quando saio de casa”, diz.

A dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, seção Paraíba, Francisca Estrela Dantas Maroja, adverte que esse descuido pode resultar em sérios problemas.

Ela lembra que os danos decorrentes da exposição solar vão se acumulando e as consequências só surgem alguns anos depois.

“A proteção solar já deve ser usada a partir dos seis meses de vida das pessoas. O período das 10h até as 15h é o pior horário que alguém ficar embaixo do sol. Quem for à praia, deve colocar o protetor 15 minutos antes. E é preferível que as pessoas usem roupas claras”, orienta.

“Com a chegada do verão, é possível que a incidência dos raios ainda piore. Por isso, as pessoas já devem adotar os cuidados desde já”, acrescenta a médica.

Os cuidados descritos pela dermatologista fazem parte da rotina do motorista João Marcos de Oliveira, 44 anos. “Só ando de óculos com lentes escuras, para evitar que meu problema de vista piore. Além disso, uso protetor solar e evito sair de casa, quando o sol está muito quente. São costumes que eu faço questão de manter para o bem da minha saúde”, afirma.

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Jornal da Paraíba

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