VIDA URBANA
Raios UV atingem índice extremo
Ontem, segundo o Cepetec, a Paraíba chegou ao nível 13. Índice que deverá permanecer até o fim da semana.
Publicado em 08/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 10:57
Apesar de serem mais recorrentes no período do verão, os altos níveis da radiação ultravioleta (UV) também podem ser observados em outras estações do ano. Ontem, esses índices atingiram nível 13 na Paraíba, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cepetec). Conforme especialistas, este é um nível considerado extremo e que deverá permanecer até o fim da semana, contudo não é um fenômeno incomum. Especialistas alertam quanto à necessidade de redobrar os cuidados para garantir a proteção da pele.
Os níveis de radiação ultravioleta são medidos em uma escala que vai de 1 a 16. Quando esses raios estão classificados até o nível três significa que o índice de radiação está baixo; de três a seis, moderado; de seis a oito, alto; de oito a 11, muito alto; e acima de 11, extremo. Esta semana, os índices chegaram ao nível 13 e a previsão é de que permaneçam entre muito alto e extremo até o fim da semana, de acordo com o chefe da Divisão de Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Recife, Ednaldo Correia.
“Esses são índices comuns no verão. Apesar disso, mesmo com o outono, ainda está muito quente na Paraíba, tanto que não chove consideravelmente desde o dia 28 (de março). Com a falta de chuvas, o céu está aberto e a radiação incide com frequência na Paraíba. Com os dias sem nuvens, a incidência dos raios acaba sendo maior. Isso não é anormal. Será se continuar por todo o outono, mas isso não deve acontecer”, explicou, reiterando que os horários em que há uma maior incidência é entre as 10h e as 16h.
A previsão é de que o outono passe a ter mais chuvas e, com o aumento da nebulosidade, diminua a incidência de raios ultravioleta, de acordo com Ednaldo Correia. “Até o fim dessa semana deveremos ter esses raios em níveis altos, depois deve começar a chover e, com o aumento da nebulosidade, diminui a quantidade de horas de sol. Mas daqui até lá, mesmo que tenhamos dias mais amenos, continuará a alta incidência dos raios ultravioleta, então é preciso que todos se protejam”, comentou.
E o alerta dado pelo meteorólogo é reiterado por especialistas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), micoses, manchas e brotoejas aparecem comumente com a exposição ao sol, assim como a predisposição a fatores que levam ao envelhecimento ao câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, sendo o mais frequente no país e que registrou 182.130 novos casos no ano passado.
Esses são problemas mais recorrentes após os 40 anos de idade, o que, de acordo com a médica dermatologista Francisca Maroja, faz com que muitos posterguem os cuidados com a proteção da pele. “Nós temos altos índices de radiação ultravioleta aqui na Paraíba, então é indispensável que se evite o sol das 10h às 16h e se utilize um protetor com fator acima de 30, repetindo sua aplicação a cada duas horas. Isso é necessário porque, após os problemas chegarem, é impossível revertê-los”, alertou.
ALIADOS
Protetores solares, roupas protetoras, chapéus e óculos de sol são os maiores aliados nesses períodos de céu aberto e alta incidência de raios solares. Contudo, é preciso se observar a qualidade desses produtos, conforme a dermatologista Francisca Maroja.
“É preciso se usar um bom protetor solar e passá-lo generosamente. Se as pessoas fossem usar corretamente, seria necessário um tubo de protetor a cada vez que se fosse à praia. Além disso, muita gente tem o costume de usar óculos que não têm proteção contra os raios UV. Isso é preocupante, porque eles não filtram os raios e estes atingem a retina podendo levar, mais gravemente, até a uma cegueira”, afirmou.
Apesar de todos esses cuidados, a médica lembra que o sol é um grande aliado, que ajuda a transformar a pro vitamina D presente na pele em vitamina D, indispensável para a absorção dos nutrientes. Para tanto, é necessário que, diariamente, se tome 15 minutos de sol sem protetor solar, depois disso, é indispensável sua aplicação em caso de exposição ao sol.
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