VIDA URBANA
Rebaixamento de escolas de samba no Rio é suspenso por causa de acidentes
Decisão foi quase unânime entre representantes das agremiações.
Publicado em 01/03/2017 às 17:46
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu não rebaixar nenhuma agremiação neste ano. O desfile foi marcado por acidentes como os que ocorreram durante a passagem da Paraíso do Tuiuti e da Unidos da Tijuca no Sambódromo, que deixaram mais de 30 feridos.
A decisão foi tomada em uma reunião na tarde desta quarta-feira (1º) que contou com representantes de todas as escolas. Como consequência da mudança, o Grupo Especial terá 13 escolas no carnaval de 2018, e duas serão rebaixadas, para que, em 2019, a elite do samba volte a ter 12 escolas.
Segundo o presidente da Portela, Luiz Carlos Magalhães, a decisão foi praticamente unânime e agora é preciso definir como essa regra funcionará no futuro. "Em função da dimensão da tragédia e do número de vítimas, os presidentes entenderam que deveriam dar um tratamento especial neste ano."
A Mocidade Independente de Padre Miguel posicionou-se contra a mudança. O vice-presidente da agremiação, Rodrigo Pacheco, disse que a regra não deveria ser modificada e que as escolas que desfilam estão cientes dos critérios de julgamento.
"Infelizmente, mudou o jogo, e a gente vai ter que desfilar assim em 2018", disse Pacheco, que ponderou que os recursos que as escolas recebem para preparar os desfiles terão que ser divididos para mais uma escola. Além disso, ele também considerou um problema que mais uma escola ocupe a Cidade do Samba.
O regulamento dos desfiles prevê que, todo ano, a escola com menor pontuação desça para a Série A, enquanto a campeã deste grupo suba para o Grupo Especial.
Há pouco, a Liesa confirmou, na Praça da Apoteose, que a decisão foi tomada em solidariedade aos episódios. O anúncio foi seguido de vaias pela plateia que aguarda a apuração do resultado da campeã deste ano.
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