VIDA URBANA
Rede cardiológica avalia 15 mil crianças na PB
Em um ano de atuação a Rede de Cardiologia Pediátrica da Paraíba e de Pernambuco já identificou mais de 250 cardiopatias em crianças do Estado.
Publicado em 16/10/2012 às 6:00
Cerca de 15 mil crianças paraibanas com suspeitas de problemas cardíacos foram avaliadas pela Rede de Cardiologia Pediátrica (RCP) da Paraíba e de Pernambuco, implementada no Estado há um ano. De acordo com a coordenadora geral da RCP, Sandra Matos, neste período mais de 250 cardiopatias foram identificadas em neonatos, além da realização de outros serviços.
“Também foram realizados mais de 300 ecocardiogramas, mais de mil consultas e exames em crianças com doenças cardíacas e cerca de cem cirurgias de coração. Simultaneamente, realizamos treinamento para enfermeiros, médicos neonatologistas, ultrassonografistas, intensivistas e pediatras nos nove municípios beneficiados pelos serviços oferecidos pela rede, que envolve mais de 80 profissionais”, destacou.
Segundo Sandra Matos, os médicos realizam uma triagem por meio do exame de oximetria em todos os recém-nascidos em até 24h após o nascimento. “Trata-se de um exame que mede a saturação de oxigênio no sangue. Nos casos em que é detectada alguma anormalidade, os bebês são encaminhados para realizar exames mais aprofundados, como o ecofuncional”, explicou.
Para o coordenador da rede de maternidades para o diagnóstico precoce da cardiopatia da Paraíba, Cláudio Texeira Regis, em um ano de funcionamento o resultado é positivo. Ele lembrou que durante esse tempo aconteceram reuniões de avaliação trimestral, com o objetivo de aprimorar os serviços oferecidos às crianças cardiopatas. “Esse convênio não se restringe ao diagnóstico e realização de cirurgias, há também capacitação de profissionais e desenvolvimento de trabalhos científicos”, acrescentou.
De acordo com Cláudio Teixeira, além do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, a rede é formada por 12 maternidades estruturadas para realizar o diagnóstico da cardiopatia e tem três serviços de referência, sendo eles a Cândida Vargas, em João Pessoa; o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande; e o Hospital Peregrino de Carvalho, em Patos.
Ele explicou que, na capital, estão interligadas à rede as maternidades Frei Damião, Arlinda Marques e Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho. Na região de Campina Grande, estão ligadas as maternidades das cidades de Esperança, Monteiro e Picuí. E na área de Patos, estão interligadas as maternidades dos municípios de Itaporanga, Sousa e Cajazeiras
Cláudio Teixeira disse que as 12 maternidades da Paraíba e o HULW fazem parte da RCP e que a estrutura tecnológica interliga todos os hospitais e maternidades, através da internet, agilizando o diagnóstico e o atendimento aos bebês que nasceram com a doença.
“A intenção é que os médicos possam se qualificar, tirar dúvidas, trocar experiências, dialogar sobre os casos, realizar de maneira rápida o diagnóstico da doença e planejar melhor as cirurgias cardíacas infantis”, pontuou.
AMPLIAÇÃO
Conforme informações do secretário de Estado da Saúde, Waldson de Souza, o governo está ampliando a qualidade do acesso à saúde para aqueles que mais precisam dos serviços, com a entrega de Ipads para as 12 maternidades do Estado, oferecendo conhecimento científico na área e melhorando a infraestrutura dos hospitais. “Estamos melhorando os serviços e capacitando os profissionais para oferecer assistência de qualidade à população, desde o atendimento ambulatório até a alta complexidade”, disse.
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