VIDA URBANA
Reforço na segurança
Bope, Força Tática, Rotam e Rádio Patrulha ocuparam o bairro, que registrou mais um assassianto violento na madrugada desta sexta-feira (21)
Publicado em 22/09/2012 às 6:00
O bairro de Mandacaru, em João Pessoa, está ocupado por policiais militares desde a noite de ontem. O reforço foi organizado pela Polícia Militar (PM) devido aos seis homicídios registrados no bairro somente esta semana. De acordo com o tenente-coronel Jefferson Pereira, responsável pelo policiamento da Região Metropolitana, as ações estão concentradas principalmente nas comunidades do bairro.
As equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estão intensificando o policiamento no bairro desde a última quarta-feira. Durante a operação, além desse efetivo, mais de 90 homens divididos em policiais da Força Tática, Rondas Ostensivas Militares (Rotam) e Rádio Patrulha estão atuando no bairro. “O bairro também está incluído na operação Nômade', massificando ainda mais o policiamento, que ocorrerá em toda Região Metropolitana”, acrescentou o tenente-coronel Jefferson.
O sexto assassinato que reforçou as estatísticas criminais no bairro de Mandacaru aconteceu ontem. Desta vez a vítima foi uma mulher, assassinada a golpes de facão e barra de ferro, provavelmente durante a madrugada de ontem. O corpo foi encontrado nas proximidades de uma pedreira na comunidade Jardim Mangueira.
De acordo com o cabo Afonso Barbosa, da Unidade de Polícia Solidária (UPS) do bairro, a vítima foi degolada e a violência dos golpes chegou quase a decapitar a mulher, que ainda não foi identificada. A área bastante afastada e cercada por um matagal não possibilitou que houvessem testemunhas do assassinato, porém uma barra de ferro abandonada ao lado do corpo e suja de sangue denunciou a crueldade da morte.
O corpo foi encontrado por moradores que passavam pelo local, por volta das 5h. “Nós perguntamos várias vezes aos moradores, mas ninguém conhecia ela na região”, disse o cabo Afonso, acrescentando que área em que o corpo foi encontrado é utilizada geralmente para consumo de drogas. “A gente acredita que ela foi atraída ao local e assassinada”, frisou o cabo.
Alguns sinais na cena do crime demonstraram que a vítima ainda tentou se proteger dos golpes, iniciando luta corporal com o agressor, a exemplo de um rastro de sangue. Foram dez perfurações que atingiram a cabeça, pescoço e braços da vítima, que aparentava ter entre 20 e 25 anos de idade. Não foram encontrados no corpo da mulher sinais visíveis de violência sexual.
Os policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar chegaram a entrar no matagal na tentativa de localizar a arma utilizada no assassinato, mas não obtiveram êxito.
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