icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Reforma no Tererê já havia sido interditada; MPT investiga caso

Representantes do MTE e do MPT querem apurar se obra descumpre normas de segurança. Empresário morreu ao cair de laje quando inspecionava o prédio, em JP.

Publicado em 27/11/2009 às 11:08

Karoline Zilah

Parte das obras da reforma no restaurante Tererê, localizado na orla de Cabo Branco, em João Pessoa, foram interditadas no mês de setembro pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) devido a irregularidades envolvendo as condições de segurança dos operários.

Na quinta-feira (26), o local foi o cenário de um acidente que resultou na morte do proprietário do restaurante, o empresário Júlio César dos Santos, de 54 anos.

Clóvis da Silveira Costa, chefe do Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalhador, explicou que as construções já haviam sido paralisadas por irregularidades nos andaimes.

Ele garantiu que uma equipe do MTE deverá retornar ao local para verificar porque o acidente aconteceu e se ainda há riscos para os funcionários.

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas, declarou que vai requisitar em caráter de urgência a permissão para averiguar a reforma. Segundo ele, a princípio não é possível dizer que há irregularidades nas obras, uma vez que existe a hipótese do empresário ter se acidentado por ter recusado usar os equipamentos de segurança.

"A tragédia vai servir de exemplo para que tanto os construtores quanto os empregados parem de fazer das normas de segurança uma brincadeira", alertou Eduardo Varandas (foto).

Uma força-tarefa do MTE com o Ministério Público do Trabalho suspendeu, entre os dias 16 e 20 de novembro, 44 obras em todo a Paraíba, tendo como principal motivo o descumprimento das normas de segurança do trabalhador foi o principal motivo. O restaurante não foi inspecionado nesta operação porque o foco eram construções de grande porte, enquanto a reforma no Tererê era considerada de pequeno ou médio porte.

Causas da morte

O delegado Manoel Idalino, responsável pelo inquérito sobre a morte de Júlio César dos Santos, considerou o acidente uma fatalidade, mas alertou que continuará as investigações para apurar as circunstâncias.

Ele ainda quer ouvir o engenheiro responsável pelo empreendimento e não descarta a possibilidade de pedir ao Ministério do Trabalho e Emprego o embargo do prédio em caso de constatação de riscos de acidentes aos trabalhadores da obra.

O laudo cadavérico ainda não foi liberado pela Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), mas os peritos adiantaram que o empresário sofreu um traumatismo craniano. De acordo com o delegado, Júlio César caiu por volta das 17h quando inspecionava as obras.

O empresário teria atravessado uma passarela, que acabou cedendo. Quando caiu da laje do 2º andar para o 1º andar, ele bateu a cabeça em um trilho de ferro e ainda foi atingido pela tábua de 60 quilos, que acabou deslizando.

Enterro

A família acompanha o velório de Júlio César dos Santos no Espaço Gospel, tempo evangélico da Primeira Igreja Batista localizado na avenida Rui Carneiro, em João Pessoa. O enterro está marcado para as 14h no cemitério Parque das Acácias. O empresário era natural de Ribeirão Preto, em São Paulo, mas morava na Paraíba há cerca de 20 anos, período em que administrou o restaurante Tererê ao lado da esposa e dos filhos.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp