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VIDA URBANA

Repasse de casas sob investigação

Mais de 100 casos de venda ou aluguel de imóveis populares foram identificados no Conjunto Major Veneziano, em Campina.  

Publicado em 25/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 12:31

O sonho da casa própria faz parte da vida de muitas pessoas.No entanto, para algumas famílias, que não possuem condições financeiras de adquirir um imóvel, esse é um sonho distante. Para torná-lo realidade, elas se inscrevem em programas sociais de habitação, com esperança de serem contempladas e ter enfim a casa própria. Esse foi o caso de Luciene Soraia Belmiro, 53 anos. Durante toda a vida, Soraia morou de aluguel. Em 2013, depois de anos de espera, foi contemplada e recebeu enfim um apartamento: a vontade de morar em um lugar só seu foi conquistada e agora ela comemora.

No entanto, a esperança de muitas outras pessoas que se inscrevem em programas de habitação social, assim como Soraia, é dizimada por pessoas que são contempladas, mas posteriormente abandonam, vendem, alugam ou repassam de forma irregular os apartamentos. Práticas como essa estão sendo investigadas pela Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), que já identificou 110 casos de repasse irregular de apartamentos no conjunto habitacional Major Veneziano, no Bairro das Cidades.

Segundo o secretário de obras da PMCG, André Agra, a prefeitura recebeu várias denúncias através de próprios moradores do local e iniciou a fiscalização. “O que está acontecendo é que as pessoas estão recebendo esses imóveis e repassando para terceiros. Isso é uma coisa muito séria e injusta, porque as pessoas inscritas são contempladas através de sorteios, então acabam tirando o direito de outras. Se alguém é contemplado e não vai morar ou aluga o imóvel, é porque não precisa”, disse.

A população do local relata que sempre ouve falar de casos assim, pessoas que receberam os apartamentos, mas que não moram no local. Que repassaram para familiares, negociaram vendas, aluguéis, ou mesmo que mobiliaram os imóveis, mas só vão até as residências algumas vezes na semana. “Já ouvi falar que no Veneziano II, uma pessoa tinha trocado um apartamento por dois carros. Não sei se é verdade, porque eu mesma sei que não pode fazer isso”, contou Luciene Belmiro.

A moradora disse ainda que no prédio em que reside, alguns apartamentos são mobiliados, mas os moradores vão no máximo três vezes por mês até lá. Ela mostra ainda descontentamento com essa atitude. “Isso é muito triste, porque tem tanta gente que precisa e essas pessoas ocupam um lugar que poderia ser o lar de uma família.”

Já Cristina Balbino, que também mora no conjunto, confirma que é comum as pessoas falarem desses casos. “O conjunto é novo, mas eu já ouvi falar de gente que alugou o apartamento pra ir morar em outro canto com o dinheiro do aluguel. A prefeitura tem que fiscalizar mesmo, porque tem muita gente de má-fé”, falou.

Os casos identificados pela Secretaria de Obras de Campina (Secob) no Major Veneziano foram encaminhados à Caixa Econômica Federal, que deve tomar as providências para o despejo dos inquilinos e um novo sorteio para contemplar novos moradores. A reportagem tentou contato telefônico com a Caixa, para saber o andamento do caso, mas as ligações não foram atendidas.

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Jornal da Paraíba

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