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VIDA URBANA

Resistência aos genéricos

Mesmo que os preços sejam mais baixos, paraibanos relutam na hora de comprar medicamentos que não são de 'marca'.

Publicado em 02/09/2012 às 14:58


É contraditório. A Paraíba, estado com um dos piores indicadores socioeconômicos do país, é também onde menos se vende medicamento genérico. Um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) revela que na Paraíba apenas 2% dos medicamentos vendidos são genéricos. Por outro lado, no país, a média de participação dos genéricos nas vendas de medicamentos é de 26,6%.
Desde que surgiu no país, em meados do ano de 2000, os medicamentos genéricos, vendidos a preços bem mais em conta que os de referência, facilitaram o acesso à saúde para muitos pacientes que antes não tinham condições financeiras de comprar os remédios passados pelo médico. Na definição da PróGenéricos, os genéricos são cópias de medicamentos inovadores cujas patentes já expiraram. Eles só vão para as farmácias depois que passam por rigorosos padrões de qualidade.
A dona de casa Maria Luzia Vasconcelos admitiu que até uns cinco anos resistia para comprar um medicamento genérico. O preço até 50% mais barato era motivo de desconfiança para ela. “Quando me ofereciam um genérico na farmácia, eu logo recusava. Achava muito estranho o preço, tinha a impressão que não tinha a mesma eficácia”, declarou. Luzia só mudou de opinião quando o médico recomendou o genérico. “A partir daí vi que estava equivocada. Hoje, já chego na farmácia perguntando pelo medicamento genérico”, contou.
A presidente do Conselho Regional de Farmácia da Paraíba (CRF-PB), Cila Gadelha, disse que ainda não tinha conhecimento dos dados da PróGenéricos e disse que ficou surpresa com o baixo percentual de vendas. “O genérico é tão seguro quanto os medicamentos de referência, por isso minha surpresa. Porém, não posso negar que a população e até a classe médica ainda resiste aos genéricos”, destacou.
Segundo ela, quando alguém, no balcão da farmácia, recusa levar o genérico para casa, geralmente é por falta de conhecimento. “O genérico tem a mesma eficácia e o mesmo princípio ativo do remédio original, não há motivo para rejeitá-lo”, explicou Cila Gadelha, lembrando que não se deve confundir o genérico com o similar. “Este não é tão seguro quanto o genérico. Apesar de ser mais barato, não tem a mesma eficácia”, comentou.

Muitos médicos, conforme a presidente do CRF-PB, também resistem aos genéricos. “Acredito que, se a população recusa, é porque os médicos também não confiam totalmente nos genéricos, pois quando o paciente vai à farmácia, ele prefere seguir à risca a prescrição do medicamento”, frisou. No entanto, o profissional farmacêutico pode fazer a substituição pelo genérico, desde que o consumidor concorde.

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Jornal da Paraíba

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