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VIDA URBANA

'Resistência de Mari' completa 50 anos

Representantes sindicais e de movimentos sociais lembram episódio onde camponeses foram mortos em ação policial.

Publicado em 15/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 26/05/2023 às 17:32

O episódio da resistência camponesa em Mari, município do Sertão da Paraíba, completa, hoje, 50 anos. Em alusão ao acontecimento histórico, o 'Comitê Paraibano Memória, Verdade e Justiça', entidade civil que reúne professores, estudantes, profissionais liberais, representantes sindicais e dos movimentos sociais, está preparando um dia inteiro de atividades para relembrar o episódio.

A programação começará às 8h com um ato religioso na PB-073, Km 21, em Mari, local onde houve o conflito. Na ocasião, estarão presentes o bispo da diocese de Guarabira, dom Lucena; o presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, padre Bosco; padre Jadiel; e o diácono da paróquia de Mari, Antônio Severino.

Já no ginásio de esporte O Marcão, localizado na BR-073, Km 21, acontecerá a abertura oficial do evento com entidades organizadoras e convidados às 9h e uma apresentação dos repentistas Bebé de Natércio e Soledade às 10h. Após a apresentação, haverá uma palestra às 10h30 sobre a história das Ligas Camponesas, ministrada por Antônio Augusto de Almeida, seguida de uma homenagem aos familiares dos camponeses.

Ao meio-dia ocorrerá um intervalo para o almoço, sucedido de atividades culturais envolvendo emboladores às 14h e o lançamento do cordel 'Resistência em Mari', de Medeiros Braga, às 15h. Como encerramento, às 16h, acontecerá uma caminhada batizada de 'Caminhada da Resistência' e, às 16h30, um ato político com lideranças sociais e nacionais.

O CASO

No dia 15 de janeiro de 1954, cerca de 300 camponeses que estavam lavrando e semeando a terrra às margens da PB-073, no Km 21, resistiram à agressões de forças policiais que agiram a mando de latifundiários da região.

Na época, foram mortos o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Antonio Galdino da Silva, e os camponeses José Barbosa do Nascimento, Pedro Cardoso da Silva e Genival Fortunato Félix. Sete policiais também terminaram mortos e dezenas de pessoas ainda foram feridas a bala.

Imagem

Jornal da Paraíba

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