VIDA URBANA
Reunião com promotoria deve definir providências em maternidade
UTI neonatal da maternidade do Instituto de Saúde Elpídeo de Almeida funciona de forma improvisada numa enfermaria devido a um curto circuito. Promotor não descarta interdição de hospital.
Publicado em 18/11/2010 às 12:01
Karoline Zilah
Uma reunião prevista para acontecer nesta quinta-feira (18) à tarde definirá as providências que deverão ser tomadas para sanar os problemas apontados por médicos e pelo Ministério Público Estadual (MPPB) na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande. Na quarta-feira, pediatras denunciaram que estavam atendendo bebês de forma improvisada há cerca de uma semana numa enfermaria depois que o hospital sofreu um curto circuito no último dia 10, culminando na desativação de alguns aparelhos da UTI neonatal.
Participam da reunião a diretoria do Isea, a promotoria da Infância e da Juventude e o secretário municipal de Saúde, José Lavaneri.
De acordo com o diretor administrativo do Isea, Eduardo Galdino, o setor deve ser reativado até sexta-feira (19). Ele comentou que vai receber um laudo técnico de um engenheiro elétrico ainda nesta quinta, mas que, independente disso, a situação está sob controle. O problema operacional, segundo ele, teria sido resolvido no mesmo dia. No entanto, os seis bebês que estão na enfermaria ainda não podem ser transferidos de volta para a UTI neonatal porque alguns equipamentos ainda aguardam conserto.
O promotor de Justiça da Infância e Juventude, Herbert Targino, declarou no JPB 2º Edição, da TV Paraíba, que também iria analisar os laudos. Ele se disse 'perplexo' com a situação da maternidade. Ele não descartou a possibilidade de interditar o Isea, caso os problemas não sejam solucionados até sexta-feira.
Em menos de uma semana, o Isea foi alvo de duas denúncias. Primeiro, foram as irregularidades envolvendo a esterilização de aparelhos da UTI neonatal. Agora, houve a desativação do setor. Incubadoras, respiradores, monitores e bombas de infusão deixaram de funcionar. Seis bebês ficaram em leitos improvisados numa enfermaria improvisada com equipamento da UTI, enquanto quatro foram transferidos para o Hospital Universitário Alcides Carneiro, da UFCG, e para o hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP).
Para a médica plantonista Fernanda Lira, o novo local não dispõe das condições necessárias para atender os bebês que ficaram. As janelas da enfermaria estão abertas devido à falta de condicionadores de ar, o que eleva a temperatura e aumenta o risco de infecção. Os médicos solicitaram a intervenção do Conselho Regional de Medicina e do Ministério Público.
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