VIDA URBANA
Revenda de gás de cozinha deve ser normalizada em oito dias úteis; veja outros setores ainda afetados pela greve
De acordo com o Sinregás-PB, João Pessoa têm apenas 30% do necessário para suprir as necessidades.
Publicado em 01/06/2018 às 10:36
Com o fim da greve dos caminhoneiros, alguns setores ainda não foram normalizados na Paraíba. Um deles é a situação do gás de cozinha, que continua em falta no mercado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP (Sinregás-PB), Marcos Antônio Bezerra, nesta sexta-feira (1º), João Pessoa têm apenas 30% do necessário para suprir as necessidades. A previsão, é que a situação seja normalizada em oito dias úteis.
Já o transporte público de João Pessoa, têm operado nesta sexta-feira com 90% da frota. Segundo o presidente Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP), Isaac Moreira Júnior, a situação ainda não foi 100% normalizada devido a falta do óleo diesel S10. "Esse combustível é o que abastece boa parte da frota. Já estamos providenciando para ver se conseguimos o combustível no porto Suape", afirma. A previsão, é que a frota de ônibus seja regularizada no sábado (2).
Em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, o serviço de transporte público está funcionando com 80% da frota de ônibus circulando nesta sexta-feira (1º). Segundo a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), a previsão é que o serviço também volte a funcionar normalmente a partir do sábado (2).
Alimentos
Segundo o diretor-presidente da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), José Tavares, ainda nesta sexta-feira há uma pouca oferta dos produtos. " Não temos produtos em falta, o que acontece é que no setor de hortifruti não possui a quantidade suficiente para os clientes", diz.
Ainda de acordo com José Tavares, devido a pouca oferta os produtos sofrem uma alta de até 400%. "Durante a greve, o tomate nós tínhamos uma alta que agora já vem reduzindo. Nos dias normais vendemos o quilo a R$ 1,50. Durante a greve ela chegou a custar R$ 7, e agora podemos encontrar o quilo por R$ 3 mais ou menos", afirma o presidente.
A recomendação é que os consumidores da Empasa comprem apenas o necessário para se manter durante os próximos dias. A previsão, é que a situação seja 100% normalizada durante os próximos seis dias nas três unidades da Empresa, localizadas em João Pessoa, Campina Grande e Patos.
Com a chegada dos produtos na Empasa, já foi iniciado o reabastecimento do setor de hortifruti nos supermercados. De acordo com o presidente da Associação dos Supermercados da Paraíba (ASPB), Damião Evangelista, a oferta no açougue é o que continua prejudicado.
"O que aconteceu é que os caminhões que estavam presos nas estradas, com o fim da greve, tiveram que voltar para o local de abastecimento para jogar fora a carga que estragou, pegar uma nova mercadoria para poder reabastecer os pontos", eslarece Damião. "A carne que consumimos aqui na Paraíba vem do Sudeste, que só teve as estradas liberadas à poucos dias, então nosso abastecimento vem gradativamente", conclui. A previsão é que os supermercados estejam 100% abastecidos na quinta-feira (7).
Já no setor dos restaurantes em João Pessoa, ainda falta alguns insumos específicos, mas de acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação (Seha-JP), Graco Parente, não existe mais nenhuma preocupação para o setor.
Medicamentos
Durante os nove dias de paralisação dos caminhoneiros, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) zerou o estoque de insulina. Ainda nesta sexta-feira (1º) o medicamento continua em falta na Paraíba. De acordo com a assessoria de comunicação, a SES está entrando em contato com a distribuidora para localizar onde está a carga com o medicamento e tomar providências a respeito da falta no estado.
Rodoviárias
Os Terminais Rodoviários de João Pessoa e Campina Grande já estão operando normalmente. As 16 empresas da capital e as 13 que operam em CG, estão funcionando com 100% dos horários programados.
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