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VIDA URBANA

Rios de JP estão degradados

Para evitar a degradação ambiental nos nove cursos de água que cortam a capital, Semam vai intesnsificar fiscalizações e notificar responsáveis.

Publicado em 03/05/2012 às 6:30


Todos os rios que cortam a cidade de João Pessoa estão sofrendo degradação ambiental, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam). Ao todo, são nove cursos de água que vêm sendo poluídos por lixo, entulhos, mobílias velhas e esgotos sem tratamento.

Apesar de ser considerada crime por legislação federal, com penas que variam de multas até detenção, a poluição dos rios é uma prática que vem sendo adotada por moradores, empresas e até pela Companhia de Abastecimento de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).

Além de notificar os responsáveis, a Semam intensificou a fiscalização em 20 áreas prioritárias. O objetivo é evitar desmatamento e o lançamento de esgotos e águas sujas nos mananciais.

Sanhauá, Jaguaribe, Cabelo, Cuiá, Timbó, Mumbaba, Gramame, Rio da Bomba e Riacho Mussuré são os nove rios existentes em João Pessoa que vêm sendo degradados, segundo a chefe da Divisão de Fiscalização da Semam, Anna Patrícia Araújo. Ela explica que os danos ambientais ocorrem, principalmente, devido à proximidade com áreas habitadas.

“A maioria desses rios fica perto de comunidades carentes.

Nesses locais, o terreno possui água em áreas superficiais e não permitem a construção de fossas. Por causa disso, os esgotos saem das casas e são despejados nos rios”, explica.

Os mais degradados, no entanto, são o Jaguaribe e o Cuiá, que cortam, juntos, toda a extensão de João Pessoa. Ontem, por exemplo, fiscais da Semam flagraram a prática de crime ambiental, no Valentina. O comerciante Edson Rodrigues estava despejando resíduos da construção civil nas proximidades do rio Cuiá, classificada pela legislação como área permanente de preservação.

Uma área com quase 100 metros quadrados, que fica às margens do rio, já estava totalmente assoreada, com entulho, barro e areia. A vegetação típica do local estava completamente coberta com os resíduos de construção civil. “Já estivemos aqui e explicamos que ele não pode aterrar essa área, por se tratar de uma área de preservação. Ele foi notificado e proibido de aterrar às margens do rio”, destacou Anna Patrícia.

No local, os fiscais ainda encontraram diversos animais bovinos, pastando às margens do rio. “Esses animais precisam ser retirados daqui, porque se alimentam da vegetação que protege o rio. Pelo Código de Postura do Município, essa área é considerada de zona urbana, por isso não pode ser usada para a criação de animais. Se o proprietário não fizer a retirada, esses bois serão removidos por veículos da prefeitura”, afirmou Anna Patrícia.

Imagem

Jornal da Paraíba

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