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VIDA URBANA

Risco: 2,2 mil acidentes com animais peçonhentos são registrados na PB

Maiores 'vilões' são os escorpiões, que causaram 1.768 acidentes de janeiro a setembro. Serpentes aparecem em seguida, com 246 casos.

Publicado em 26/11/2015 às 7:22

O professor Adriano Oliveira, 29 anos, morador de Campina Grande, vestia-se para ir trabalhar, quando foi calçar o sapato e sentiu uma picada na lateral do pé. Como não era a primeira vez que Adriano sentia aquela dor, logo imaginou que o animal dentro do seu sapato fosse um escorpião. E acertou. A chegada do verão e o aumento das temperaturas vêm acompanhados de visitantes indesejados e que podem ser perigosos se os cuidados necessários não forem tomados. É principalmente nesse período que animais peçonhentos como escorpiões, cobras e aranhas costumam sair de suas tocas, e acidentes como o do professor Adriano acabam se tornando mais comuns.

Entre janeiro e setembro deste ano, foram registrados 2.266 acidentes com animais peçonhentos em toda a Paraíba. O maior vilão das estatísticas é justamente o escorpião. Foi esse animal, pequeno e perigoso, o responsável por mais da metade dessas notificações, um total de 1.768 casos. Já os acidentes envolvendo serpentes vêm em seguida, respondendo por 246 dos registros. No caso das aranhas, foram 50 acidentes; e mais 13 casos envolvendo lagartas. As abelhas foram responsáveis por 66 acidentes. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, que nos últimos quatro anos, de 2010 até 2014, registrou 16.677 casos no Estado.

Os números colocam a Paraíba em sexto lugar no ranking regional nos acidentes envolvendo esses animais. Mesmo assim, as notificações do Ministério da Saúde ficam abaixo da média de atendimentos realizados nos hospitais de referência para esses casos. Segundo informações do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, 1.024 atendimentos a pacientes picados por escorpiões foram realizados do início do ano até o mês de outubro na unidade, uma média de 102 atendimentos mensais. Já no caso das serpentes, foram 158 atendimentos, uma média mensal de 15 registros. No Hospital de Emergência e Trauma, na capital, a média é de 160 atendimentos mensais por picada de escorpião, 15 de serpente e seis de aranhas, conforme o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox).

A capital João Pessoa encabeça o ranking das cidades paraibanas onde aconteceram mais acidentes envolvendo animais peçonhentos este ano, com 1.450 dos casos. Campina Grande vem em seguida com 279 notificações e Guarabira, no Brejo, com 116 registros, fica em terceiro lugar. Santa Rita, Alhandra e Monteiro apresentaram acima de 40 casos cada. Além dessas, pelo menos 27 municípios tiveram ocorrência de acidentes por animais peçonhentos em 2015, segundo informações do Ministério da Saúde, e as mulheres foram as que mais sofreram acidentes desse tipo, 1.313 registros contra 955 envolvendo homens.

Conforme a gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses de Campina Grande, Rossandra Oliveira, o período de maior incidência dos animais peçonhentos, na primavera e no verão, está ligado aos hábitos de vida dos bichos.

Perigo é maior para crianças e idosos

O risco é maior, conforme o farmacêutico e coordenador adjunto do Ceatox em João Pessoa, Luís Carlos Costa, no caso de crianças e idosos, já que as toxinas liberadas na corrente sanguínea, através de contato com esses bichos, podem levar à morte. No mês de junho, uma criança de 1 ano e oito meses morreu em Campina Grande, após ser picada por um escorpião. Para evitar acidentes com animais peçonhentos, o coordenador orienta que as pessoas redobrem a atenção. “É importante examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las. Assim como vedar frestas e buracos em paredes, janelas e ralos. Além de conservar a limpeza dos locais em que vive, pois esses animais saem à procura de alimentos, como ratos e baratas, e o lixo doméstico é um ambiente propício para eles”, frisou.

No entanto, se mesmo assim o visitante desagradável aparecer e causar algum acidente, ele alerta: “Não adianta se desesperar. Se possível, a pessoa deve lavar o local com água e sabão. Aplicar uma compressa morna e tentar manter o membro atingido mais elevado para evitar o inchaço, além de procurar imediatamente o serviço médico.”

Atendimento

Em Campina Grande, o soro para quem sofrer acidente com um animal peçonhento está disponível no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, que conta com um Ceatox. Já na capital, o Hospital de Emergência e Trauma atende esses pacientes.

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Jornal da Paraíba

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