VIDA URBANA
RN e CE também devem proibir entrada de frutas paraibanas
Produção de um ‘predador natural’, em laboratório, será uma das armas utilizadas para combater a “Mosca-negra-dos-citros” que já contaminou lavouras de 15 municípios do Brejo paraibano.
Publicado em 10/02/2010 às 9:03
Jean Gregório do Jornal da Paraíba
Além de Pernambuco, que faz fronteira com o Estado, a Bahia também já emitiu portaria restringindo a entrada de frutas oriundas da Paraíba. Segundo o gerente operacional de Defesa Vegetal do Estado, Luís Carlos de Sá, que definiu a praga da mosca “como preocupante”, revelou que a restrição “como medida de controle sanitário” deverá abranger ainda os Estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, que também possuem produção em escala de frutas voltada para a exportação e estão com receio que a mosca cause prejuízos na economia agrícola.
No entanto, Luís Carlos revelou que o Governo do Estado “já tomou todas as medidas necessárias para iniciar o processo de combate à praga. Temos a opção de iniciar com produtos químicos, aplicando de acordo com o grau de infestação ou com medida mais eficaz com o controle biológico, na produção do predador natural. Apesar dos fortes indícios que comprovavam a contaminação das lavouras, o resultado oficial do laboratório sobre a contaminação somente saiu na última segunda-feira”, declarou.
Para solucionar o problema
A produção de um ‘predador natural’, em laboratório, será uma das armas utilizadas para combater a praga da “Mosca-negra-dos-citros” que já contaminou lavouras de 15 municípios do Brejo paraibano e causou prejuízos de pelo menos R$ 280 mil aos agricultores.
Técnicos da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), da Embrapa Algodão e do Ministério da Agricultura se reúnem hoje, em Campina Grande, com o pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA), para definir como será a reprodução das matrizes dos parasitóides naturais, que deverão ser entregues aos agricultores no controle à praga, que já chegou ao município de Lucena, no Litoral Norte.
Outros Estados como Pará, Maranhão e São Paulo possuem também focos da praga. Para terem livre transporte para outras unidades da Federação, as frutas precisam da Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), assinada pelos engenheiros agrônomos, que garante o Certificado de Permissão de Trânsito Vegetal para outros Estados da produção.
Comentários