VIDA URBANA
Acidentes em rodovias da PB mataram 133 em 2018; custos chegam a R$ 230,8 milhões
Segundo estudo da CNT, a média é de 97 acidentes com vítimas a cada 100 km de rodovia.
Publicado em 19/09/2019 às 15:03 | Atualizado em 19/09/2019 às 18:16
Dados divulgados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), nesta quinta-feira (19), revelam que foram registrados um total de 1.586 acidentes nas rodovias federais que cortam a Paraíba, em 2018, sendo 1.239 com vítimas (mortos ou feridos). Do total de vítimas, houve 133 mortes. Ainda segundo o levantamento, ocorreram, em média, 97 acidentes com vítimas a cada 100 km de rodovia em 2018, o segundo pior resultado do Nordeste, perdendo apenas Sergipe (135 por 110 km).
A CNT também levantou que o custo anual estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais na Paraíba chegou a R$ 230,82 milhões no ano passado. Desse total, R$ 92,90 milhões decorrem de acidentes com mortes, R$ 127,83 milhões provêm de acidentes com vítimas e R$ 10,08 milhões de acidentes sem vítimas.
No período acumulado de 2007 a 2018, foram 37.595 acidentes, sendo 18.396 com vítimas na Paraíba.
Rodovias perigosas
Em relação ao número de mortes, a BR-230 é a rodovia que mais mata. Somente em 2018 foram 72 vidas perdidas nesta rodovia. A BR-230 também foi a que registrou o maior número de acidentes, no total de 786 acidentes com vítimas. O segundo maior número foi registrado na BR-104 (19), seguido por BR-101 (15), BR-361 (14), BR-412 (7), BR-405 (3), BR-110 (2) e BR-427 (1).
O automóvel foi o tipo de veículo mais envolvido em acidentes com vítimas em 2018 (64,6% do total), seguido das motos (52,3%) e dos caminhões (14,0%). O domingo foi o dia em que ocorreram mais acidentes, no total de 210 (16,9%) e também mais mortes: 34 (25,5%).
Quanto ao tipo de acidente, a maioria foi de colisão, um toral de 730 (58,9%) vítimas, sendo 75 (56,4%) mortes, em 2018. Saída da pista é a segunda maior causa de acidentes nas rodovias paraibanas. Foram 169 (13,6%) acidentes, com 10 (7,5%) mortes. Em 2018, foram 148 (11,9%) vítimas de atropelamento, com 38 (28,6%) mortes; e 127 (10,3%) capotamento/tombamento, com 8 (6,0%) mortes.
Já quanto ao sexo e a idade, a maioria das vítimas fatais foram homens (116), em face de 16 mulheres mortas nas rodovias federais da Paraíba, e com idade acima de 45 anos (39 mortos). Em seguida, vem a faixa de 26 a 35 anos, com 31 mortes, 23,3% do total. Um pouco menos foi a faixa de 26 a 35 anos, que se envolve em 20,3% das mortes (27, em números absolutos) registradas em 2018.
Dados nacionais
Em 2018, em todo o país, foram registrados nas rodovias federais 69.206 acidentes, sendo 53.963 com vítimas (mortos ou feridos). Do total de vítimas, houve 5.269 mortes.
Entre as regiões do país, o Sudeste e Sul lideram o número de acidentes com vítimas (com e sem morte). As duas regiões concentram as rodovias federais responsáveis por 30,7% e 29,9%, respectivamente, de todos os acidentes com vítimas ocorridos em 2018. Foram 16.556 casos no Sudeste e 16.160 no Sul. Em seguida, estão Nordeste, com 21,3% e 11.494 ocorrências; Centro-Oeste, que registrou 6.424, o que dá 11,9% do total, e Norte, com 6,2% e 3.329 ocorrências.
O levantamento mostra ainda que o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste aparecem como as regiões que registraram os acidentes mais graves. O índice de mortes por acidentes em cada uma dessas três regiões é maior do que a média nacional.
No Nordeste, em cada 100 acidentes, 14,8 pessoas morreram em 2018. Na Região Norte, foram registradas 12 mortes a cada 100 acidentes; e no Centro-Oeste, 10,4. O índice do Brasil é 9,8 mortes a cada 100 acidentes.
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