VIDA URBANA
Rompimento na Cagepa: abastecimento só deve ser normalizado na sexta
Incidente causou prejuízo a comerciantes do Mercado Central.
Publicado em 25/06/2018 às 10:44 | Atualizado em 25/06/2018 às 15:33
Após o rompimento de um reservatório da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) na avenida Diogo Velho, no Centro de João Pessoa, comerciantes do Mercado Central sofrem prejuízos após a mercadoria ter sido levada pelo volume de água. O incidente aconteceu no domingo (24).
De acordo com o comerciante Jorge Jeronson, devido à quantidade de água os produtores não tiveram tempo de recolher a mercadoria. "Quando olhamos, vimos só aquela água, ninguém teve condições de salvar nada não. A gente nem sabia de onde vinha aquela água toda", afirma. Já para Severina dos Ramos, devido a falta de tempo em recolher a mercadoria, o prejuízo foi superior a R$ 5 mil. "Meu marido calculou e chegamos em 150 mão de milho perdidas, elas eram vendidas a R$ 35. O prejuízo de todo mundo é grande", diz.
A água do reservatório R-1 derrubou um trecho do muro do prédio da companhia e acabou invadindo a via. Conforme a Cagepa, foram registrados apenas danos materiais. Como consequência do rompimento, os bairros de Jaguaribe, Centro, Varadouro, Roger, Tambiá, Alto do Céu, Salinas Ribamar, Porto de João Tota e Vem-vém ficaram sem água. A previsão da Cagepa é que a situação seja regularizada na sexta-feira (29), já que o reabastecimento acontece de forma gradativa.
Para os donos de restaurantes na região, caso o problema não seja resolvido ainda nesta segunda-feira (25), não haverá como fazer comida para os clientes. "Trabalho aqui há quatro anos e hoje está muito difícil. Tenho uma caixa d'água de apenas mil litros, quando ela acabar vamos ter que fechar o restaurante. A água que temos só dá para hoje. Não sei como vou fazer mais não", lamenta Josinaldo Luís.
Cagepa estuda causa do rompimento
De acordo com o diretor de Operação e Manutenção da Cagepa, Joaquim Almeida, ainda não é possível estabelecer a causa do rompimento da estação. "Nós estamos estudando a causa porque não existia aparentemente indícios que levasse a uma situação dessa natureza, que essa ruptura viesse a acontecer. A nossa pretensão é que no máximo em uma semana tenhamos uma resposta", afirma.
Ainda de acordo com Joaquim, a Cagepa possui três reservatórios que recebem a água da estação de tratamento das Marés e estações elevatórias que jogam para a caixa d'água. "Dessas três, uma teve o problema. Nós estamos tomando providências para isolá-lo e ao mesmo tempo realizarmos a interligação dos dois que não tiveram problemas, para que possamos operar com esses dois", esclarece o diretor.
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