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VIDA URBANA

Rua sem calçamento é prejuízo para moradores

Em diversos bairros da capital, moradores não têm calçamento ou rede de esgotos e vivem na espera por políticas públicas. 

Publicado em 25/03/2012 às 6:00


Ruas sem calçamento e sem a rede coletora de esgoto causam doenças, transtornos e prejuízos financeiros a moradores de João Pessoa. Além de sofrer com complicações respiratórias e acúmulo de insetos, a ausência de infraestrutura derruba em até 30% o valor de venda do imóvel, segundo o Sindicato dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Sindimóveis/PB).

Apesar de pagar o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), a população das áreas atingidas reclama da falta de políticas públicas. Já a Secretaria Municipal de Infraestrutura de João Pessoa (Seinfra) informou que o problema está paulatinamente sendo resolvido. Um cronograma de ações vai resultar no calçamento de 207 ruas até dezembro deste ano.

Os serviços já começaram na maioria delas.

Há mais de cinco anos que a aposentada Maria José dos Santos, 82 anos, vive o mesmo drama. Em dias de sol, sofre com problemas respiratórios; já nos períodos de chuva, o problema é lama e buraco que prejudicam o acesso a sua casa.

Maria mora na Rua Comerciante Manoel Pereira Soares, em Água Fria, um local que está tomado por buracos, matos e lixo.

Apesar de residir no mesmo bairro em que funciona o Centro Municipal da Prefeitura de João Pessoa, a aposentada afirma que o local é esquecido pelo órgão público. “Sofro de alergia por causa da poeira. Moro com outras três idosas, que têm cansaço e complicações respiratórias. Tem dia aqui que a gente nem aguenta ficar em casa, por causa da poeira. A gente paga o IPTU, mas ninguém sabe para onde vai esse dinheiro”, lamenta.

“Quando chove, ninguém aguenta tanto lamaçal. Aqui tem muita barata e muriçoca por causa dessa lama e das fossas, já que não temos rede coletora de esgoto”, desabafou a dona de casa Maria do Socorro, outra moradora de Água Fria.

Em Cruz das Armas, a cena se repete. A rua Major Caboclo, por exemplo, está tomada por buracos, apesar de ser paralela à Avenida Cruz das Armas e servir de alternativa para quem deseja fugir do tráfego intenso do local. “É muito buraco e poeira e, quando chove, fica pior, porque a lama toma conta de tudo. Moro aqui desde que nasci e a prefeitura nunca melhorou essa situação”, conta a dona de casa Maria Aparecida da Costa, 27 anos.

Imagem

Jornal da Paraíba

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