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VIDA URBANA

Salas de aula vazias na PB

Cerca de 450 mil alunos ficaram sem aulas, paralisação continua até a próxima sexta-feira (16). Adesão foi de 100% da categoria.

Publicado em 15/03/2012 às 6:30


As salas de aula das instituições de ensino estaduais e municipais na Paraíba amanheceram completamente vazias, ontem, no primeiro dia da paralisação nacional dos professores.

Na rede estadual, a adesão foi de 100% da categoria, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintep), deixando 450 mil alunos sem aula.

Ontem, o Sintep e a Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP) realizaram debates em suas sedes para discutir o problema dos salários pagos ao magistério.

No Lyceu Paraibano, que atende a cerca de 2.400 alunos da capital, apenas diretores e funcionários compareceram para dar expediente. A diretora da escola, Telma Maria de Medeiros, disse que apesar de estar solidária ao movimento, não poderia fechar as portas da escola, e aproveitou para organizar o prédio limpando corredores e reordenando documentos. “A escola tem que se manter aberta, mesmo que nenhum professor venha dar suas aulas”, justificou.

A estudante Dilma Fernandes, que tentava ontem se matricular no Lyceu Paraibano para o 1º ano, reclamou da paralisação dos professores, considerando o movimento um descaso com o ensino. “Eles param as aulas, mas não vão às ruas. Que espécie de greve é essa? Depois retornam e dão o assunto de qualquer jeito, empurrando xérox para os alunos. É um absurdo”, opinou.

As escolas públicas continuarão sem aulas até amanhã, mas o ano letivo não deverá ser prejudicado, pois o calendário prevê quatro dias a mais do que é obrigatório em lei, conforme explicou o presidente do Sintep, Antônio Arruda. Ainda segundo Arruda, todos os profissionais da educação da rede estadual estão engajados e amanhã eles vão participar de uma grande mobilização estadual.

A reivindicação do magistério em todo o país é para que seja cumprido o piso nacional no valor de R$ 1.451,00, definido pelo Ministério da Educação, para jornada de 40 horas semanais.

Pelos cálculos do Sintep e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o menor valor a ser pago a um professor com jornada de trabalho de 30 horas por semana, adotado pelo governo estadual, deveria ser de R$ 1.088,00.

A Secretaria de Estado da Educação, através da assessoria, garantiu que o Estado da Paraíba já paga desde janeiro de 2012 o piso salarial proporcional as 30 horas semanais. O professor de nível médio receberia R$ 1.303,00, valor considerado o maior do Nordeste.

No entanto, de acordo com dados da CNTE, a Paraíba está na lista dos 17 Estados que ainda não cumprem lei. “O piso dos professores na Paraíba atualmente é R$1.038,00, valor que é pago aos professores nível 1. Não se pode confundir gratificação com piso, pois a lei é clara ao dizer que o piso não pode ser calculado com as somas de vantagens, como bolsas e gratificações”, comentou um dos coordenadores do Sintep, Ronaldo Cruz. (Luzia Santos)

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Jornal da Paraíba

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