VIDA URBANA
Samu adota 'Ciclolâncias' em CG
Ciclolâncias irão percorrer pontos de concentração de esporte e lazer para prestar atendimento inicial, ampliando ação do Samu.
Publicado em 26/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 11:07
Quatro “Ciclolâncias” vão percorrer a partir da primeira quinzena de julho, os pontos de concentração de esporte e lazer de Campina Grande, para prestar atendimento médico à população. O projeto foi lançado ontem pela manhã durante solenidade alusiva aos 10 anos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na cidade, comandada pelo vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho. Dois enfermeiros e dois técnicos de enfermagem atuarão no programa, das 6h às 9h, e das 16h às 19h.
De acordo com o coordenador-geral do Samu-CG, Carlos Alberto Figueiredo Filho, a princípio, as bicicletas vão percorrer o Parque da Criança, o Açude Velho e a Avenida Juscelino Kubitschek e durante alguns passeios ciclísticos noturnos, equipadas com desfribilador, soro, medicação anticoagulante, anticonvulsivos e material de primeiros socorros. “Inicialmente serão duas duplas em cada local atuando por turno, mas estamos monitorando outras áreas para ampliar o serviço, de forma que a gente consiga chegar mais rápido ao paciente.
Seria um primeiro atendimento, a partir daí os profissionais nos informam na central para ativarmos uma ambulância, se for necessário”, explicou.
O vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho, que representou o prefeito Romero Rodrigues na ocasião, destacou a data. “É uma data importante no momento em que o Samu consegue alcançar marcas recordes. Nunca houve tanto investimento como agora. Isso é visível com os equipamentos que estão sendo entregues. A saúde é uma área muito sensível e o prefeito Romero vem priorizando esse setor, com serviços gradativos. Com foco na área do Açude Velho e havendo necessidade, a ‘Ciclolância’ estará lá para prestar atendimento imediato”, disse.
O valor investido, recursos oriundos do Ministério da Saúde e da própria prefeitura conforme o vice-prefeito, não foi divulgado. Novos fardamentos e equipamentos para as ambulâncias também foram entregues durante o evento, que ainda marcou o início das obras de reforma da unidade e a conclusão do curso de formação de quatro turmas, com 60 profissionais de todos os setores (motoristas, médicos, enfermeiros, técnicos, atendentes) do Núcleo Permanente de Ensino (NEP) do Samu-CG.
TROTE É PROBLEMA
Os trotes ainda atrasam o atendimento das unidades e representam mensalmente 40% de todos os chamados, o que equivale a 20 mil solicitações falsas em média, por mês.
Segundo o coordenador geral, Carlos Alberto Figueiredo, é difícil punir os responsáveis. “Os trotes ainda são um problema.
Conseguimos monitorar os números quando são fixos, mas por incrível que pareça, mais da metade dos trotes é passado por adultos. Em um único dia, recebemos 2.400 trotes de um mesmo número de celular. A Polícia Civil está investigando para tentar descobrir quem é, mas é difícil”, ressaltou.
No caso dos números de telefone fixos, Alberto Figueiredo explicou que os trotes vêm de todas as 56 cidades atendidas pelo serviço. “Em muitos casos são as crianças que ligam.
Quando identificamos, tentamos conversar com os responsáveis, conscientizar, mas são milhares de ligações por mês e elas são bem pulverizadas, é complicado fazer esse controle”, enfatizou.
Apesar desta dificuldade, o coordenador apontou melhorias na unidade em Campina Grande. “Nossas ambulâncias são novas, recebemos 17 em outubro passado. Rodam dez ambulâncias por plantão, o indicado pelo Ministério da Saúde, mas nós temos 25 no total. Estamos recebendo equipamentos novos. A equipe recebe treinamento específico e é constantemente reciclada através do NEP. Atualmente são 200 funcionários, sendo 45 por plantão”, detalhou Carlos Alberto Figueiredo.
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