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VIDA URBANA

Santa Rita registra 142 homicídios e Alto das Populares lidera ranking

Cidade registrou 142 homicídios entre o mês de janeiro de 2010 ao dia 20 de abril de 2011, segundo dados da Gerência Executiva de Medicina Odontológica e Legal (Gemol).

Publicado em 03/05/2011 às 15:34

João Thiago
Do Jornal da Paraíba

A cidade de Santa Rita registrou 142 homicídios entre o mês de janeiro de 2010 ao dia 20 de abril de 2011, segundo dados da Gerência Executiva de Medicina Odontológica e Legal (Gemol). Só neste ano, até o dia 20 de abril, foram registrados 41 assassinatos, o que faz da cidade a segunda mais violenta da região da Grande João Pessoa, perdendo apenas para a capital, que registrou 213 homicídios desde janeiro deste ano.

Quase metade dos assassinatos ocorridos na cidade é de jovens de até 25 anos. Ao todo, 69 pessoas nesta faixa etária foram mortas, o que equivale a 48,5% de todos os homicídios registrados. O bairro que apresenta o maior número de ocorrências é o Alto das Populares, com 45 homicídios, o que corresponde a 31,7% das mortes, seguido por Tibiri II, com 27 homicídios, que equivalem a 19% do total, e Marcos Moura, com 26 mortes, que são cerca de 18,3% dos assassinatos na cidade. Em 90,9% dos assassinatos, as vítimas são homens, totalizando 129 mortos. O total de mulheres assassinadas em Santa Rita é de 11 desde janeiro de 2010 até abril de 2011.

Para o delegado da 6ª Delegacia Distrital, que atende à cidade de Santa Rita, Manoel Carlos da Silva Neto, grande parte dos crimes está ligada à realidade do narcotráfico na cidade que, segundo ele, tem se expandido muito. “O tráfico tem crescido exponencialmente na cidade, o que faz com que cada vez mais jovens sejam alistados pelos traficantes. E não são apenas os que trabalham para o tráfico que estão sujeitos a morrer em condições de violência. Os usuários de drogas também estão expostos a este risco”, disse o delegado.

Silva Neto informou que os níveis de violência na cidade crescem de acordo com o avanço do tráfico. “A violência vai aumentando à medida que o tráfico se espalha. Os números apresentados pelo Gemol vão até o dia 20 de abril, mas desde então, mais quatro assassinatos já ocorreram. É um total de 45 homicídios desde o início do ano, o que equivale a quase metade do total de assassinatos registrados no ano passado inteiro”, revelou o Silva Neto.

O delegado da 14ª Delegacia Distrital, que atende à região de Tibiri, em Santa Rita, Roberto Jorge de Souza, vai mais longe. Ele acredita que cerca de 90% dos casos de assassinatos na região estão ligados, de alguma forma, às drogas. “De todos estes casos, a gente pode contar nos dedos os assassinatos que foram motivados por brigas, discussões, crimes passionais e outros motivos. As drogas realmente são responsáveis pela maior parte dos homicídios”, relatou o delegado.

Para ele, falta, da parte do poder público, investimento nas delegacias. “Precisamos de mais material humano. Nossos policiais estão sobrecarregados. Tem casos de agentes sendo usados como escrivães em algumas delegacias, outros que fazem plantões especiais. É como se estivéssemos correndo com uma peneira tentando tapar o sol”, contou Souza, que acredita que este é o único jeito de controlar a violência na região. “Em abril, as delegacias da Grande João Pessoa registraram 62 homicídios. Em março, com carnaval e tudo, este número foi bem menor. A violência está crescendo cada vez mais rápido na cidade de Santa Rita”, contou o delegado.

Uma das armas com que a Polícia Civil em Santa Rita conta é a colaboração da população, mas, segundo Souza, nem esta parceria está acontecendo de forma tranquila. “As pessoas têm medo de colaborar com a polícia, pois podem sofrer represálias. Não se sentem seguras. Quando recebemos denúncias anônimas da população, nós as investigamos. Quanto maior o número de denúncias, melhor nós entendemos como o tráfico se movimenta dentro da cidade, o que aumenta a nossa possibilidade de combatê-lo”, concluiu.

Leia matéria completa na edição desta terça-feira (3) do Jornal da Paraíba

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Jornal da Paraíba

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