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VIDA URBANA

Saúde cria comissão de vigilância contra ebola na Paraíba

HUs de João Pessoa e Campina e o Clementino Fraga serão unidades de referência contra o vírus.

Publicado em 08/08/2014 às 14:53

A Secretaria de Saúde da Paraíba criou uma comissão de vigilância que se responsabilizará por ações de combate ao vírus ebola. Os hospitais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, e da Universidade Federal de Campina Grande, além do Clementino Fraga, serão as unidades de referência no estado em possíveis casos de contaminação. A definição da forma de atuação contra o ebola aconteceu em uma reunião na quinta-feira (7).

Além dos hospitais também farão parte do grupo técnico as gerências de Vigilância em Saúde do Estado e do Município de João Pessoa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Porto de Cabedelo e o Aeroporto Castro Pinto e Agência de Vigilância Sanitária Estadual (Agevisa). Embora considere de baixo risco a disseminação para outros continentes, o Ministério da Saúde brasileiro orientou aos Estados criarem ações de vigilância e prepararem serviços de saúde de referência.

Pessoas que chegarem dos países africanos apresentando algum sintoma da doença deverão ser encaminhadas aos hospitais de referência. “No momento, as ações de vigilância estão acontecendo no monitoramento da entrada e saída pelos portos e aeroportos de pessoas que viajaram ou chegaram dos países com transmissão da doença. Como nestes locais já existem equipes da Anvisa de plantão, são elas que farão o repasse das informações, se houver necessidade, serão encaminhadas para os hospitais de referência”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, da SES, Renata Nóbrega.

Ela lembra as recomendações do Ministério da Saúde para quem vai viajar aos países do Congo, Libéria e Guiné: não ter contato com animais contaminados e pessoas doentes, uma vez que a transmissão da doença ocorre através de contato direto com fezes, urina, saliva, sêmen de animais e pessoas infectados.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, neste ano já foram confirmados 1.009 casos e 574 óbitos na África. Tanto a população, quanto os profissionais de saúde poderão buscar informações pelo telefone do Centro de Informações Estratégica de Vigilância em Saúde: 8828-2522.

Ebola

O vírus ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos.

O período de incubação é de 1 a 21 dias e será considerado caso suspeito de infecção por ebola o indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão de ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa), que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia (hemorragia na gengiva), enterorragia (hemorragia intestinal com eliminação de sangue pelo ânus), hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria (sangue na urina).

Também serão considerados casos suspeitos em viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países que apresentem história de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas previamente doentes ou contato com animais doentes ou mortos. Nesses casos a suspeita deve ser reforçada.

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Jornal da Paraíba

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