Saúde de CG entra em greve a partir de hoje

Cerca de 500 profissionais municipais da Saúde votaram pela paralisação dos serviços a partir de hoje. A decisão foi tomada ontem, durante assembleia realizada pelas 23 categorias que integram o setor, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), de Campina Grande. Segundo a direção do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), vão funcionar apenas os serviços essenciais, de emergência, além do cumprimento dos 30% estabelecidos em lei. A última greve dos servidores da Saúde durou quase três meses, no ano passado.

Os trabalhadores se reuniram pela manhã e concluíram que a saída era a deflagração da greve por tempo indeterminado. Os funcionários efetivos votaram a favor da paralisação, ficando apenas quatro votos em abstenção. Em Campina Grande são 2.077 servidores efetivos, apenas na área da Saúde, entre médicos, odontólogos, assistentes sociais, psicólogos, agentes de saúde, entre outros profissionais.

Dentro da pauta de reivindicação estão a revogação total da lei de pactuação dos serviços da Saúde, o pagamento das gratificações dos trabalhadores, como também os valores referentes ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, e a adequação dos salários dos servidores ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

Outra exigência dos trabalhadores é a equiparação entre as remunerações pagas entre os profissionais que trabalham no Programa de Saúde da Família (PSF) e os funcionários efetivos do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), uma vez que, segundo os diretores da entidade sindical, alguns funcionários do Isea estão recebendo menos que os do PSF.

Uma reunião entre os representantes do Sintab e a secretária de Saúde do município, Lúcia Derks, foi realizada ontem à tarde na tentativa de encontrar uma solução para o problema. A gestora da pasta da Saúde informou que as negociações continuam e uma nova reunião foi marcada para as 10h de hoje, na qual a Secretaria de Saúde irá apresentar suas propostas no que diz respeito ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Já na próxima terça-feira à tarde, sindicalistas e gestores se reúnem novamente para tratar especificamente sobre as gratificações por produção.

Segundo o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, a secretária Lúcia Derks informou que os outros pontos da pauta de reivindicações (revogação da pactuação na Saúde e PCCR) dependem da decisão direta do prefeito Romero Rodrigues e a negociação precisa ser feita com o chefe do Executivo Municipal. Após a reunião de terça-feira, o Sintab irá marcar nova assembleia da categoria, para repassar as informações sobre as negociações feitas e decidir sobre a manutenção ou não da greve.