VIDA URBANA
Saúde monitora 4 casos suspeitos de chikungunya em bebês
Campina Grande vai contar com pontos de coleta para os exames.
Publicado em 28/06/2016 às 15:05
Quatro casos de bebês que teriam sido diagnosticados com chikungunya na Paraíba estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande. Dois deles já foram confirmados, sendo um caso de um bebê que nasceu há 15 dias e está internado no Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, e outro de um feto com cinco meses de gestação infectado pelos vírus da zika e chikungunya. Por conta dessas descobertas, a partir da próxima segunda-feira (4) a cidade vai contar com dois pontos para realizar exames de casos suspeitos da doença.
As informações estão de acordo com a Prefeitura de Campina Grande, que anunciou na segunda-feira (27) a criação de uma força tarefa para o diagnóstico precoce dos casos de chikungunya em gestantes e bebês até um ano de idade. Um dos pontos de coletas para os exames será instalado no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), direcionado para as gestantes que apresentarem os sintomas da doença. O outro vai funcionar no Hospital da Criança e do Adolescente para atender a crianças de até um ano.
A iniciativa surgiu após a divulgação de novas pesquisas da médica paraibana Adriana Melo, relacionadas à transmissão da chikungunya durante a gestação. A equipe da médica está investigando um caso de infecção por chikungunya de um recém-nascido durante a gestação, que seria o primeiro do Brasil. Os exames constataram a presença do vírus tanto na mãe quanto no bebê, que são naturais do município de Cacimba de Dentro, no Agreste do Estado. Ela teve a doença no final da gravidez e o bebê está atualmente internado na UTI do Hospital da FAP, apresentando um quadro de saúde estável.
Já com relação ao feto que contraiu os vírus da zika e chikungunya, a Secretaria de Saúde não divulgou a cidade de origem dele, nem dos outros dois casos suspeitos, mas informou que eles também permanecem com quadro de saúde estável. “Estas crianças estão apresentando, entre outros sintomas, convulsões graves e bolhas na pele. A chikungunya não causa malformações, como a microcefalia, mas pode provocar sérios danos neurológicos nos bebês”, alertou a médica Adriana Melo.
O prefeito Romero Rodrigues disse que vai apoiar as pesquisas para que essas crianças possam ter a assistência médica garantida. “Vamos dar total apoio às pesquisas da dra. Adriana Melo para que possamos ter respostas rápidas, para mais este grave problema de saúde pública”, garantiu.
Segundo ciclo da zika

A médica Adriana Melo explicou que novos casos de bebês com a Síndrome Congênita da Zika devem surgir a partir do mês de agosto deste ano, iniciando o segundo ciclo da doença. Segundo a médica, esses casos referem-se às gestantes que apresentaram sintomas nos primeiros meses deste ano. “Registramos o primeiro caso intrauterino confirmado de zika. Tanto no feto, quanto na gestante, foram encontrados os vírus da zika e chikungunya”, informou.
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