VIDA URBANA
Saúde monitora visitas a apenados em presídios da Paraíba
Objetivo é evitar a disseminação do vírus da nova gripe entre a população carcerária de 63 unidades.
Publicado em 18/08/2009 às 20:16
Da Secom-PB
As secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Cidadania e Administração Penitenciária (Secap) vão intensificar o monitoramento de visitantes nas unidades prisionais, a partir do próximo domingo, para evitar a disseminação do vírus da nova gripe (influenza A-H1N1) entre os apenados. Pessoas com síndrome gripal não terão acesso aos ambientes.
Na tarde desta terça-feira (18), representantes das secretarias e os diretores de presídios e penitenciárias da Grande João Pessoa e de Campina Grande se reuniram para definir as estratégias de prevenção e controle da gripe nesses ambientes fechados.
O encontro aconteceu no auditório da Secap e contou com a participação da gerente operacional de Resposta Rápida da SES, Diana Pinto, e da gerente de Saúde da Secap, Ivana Barros. Os diretores dos presídios e penitenciárias receberam informações sobre as formas de identificar pessoas com síndrome gripal e as medidas de prevenção da doença, como o uso de máscaras, luvas e álcool em gel. “Nosso objetivo é levar essas informações a todas as 63 unidades prisionais do Estado e atingir, dessa forma, os 8,7 mil detentos, o mais rápido possível”, afirmou Ivana Barros.
Para Edna Veloso, diretora do Presídio Padrão de Santa Rita, que hoje abriga 265 apenados, o trabalho preventivo das doenças sempre é feito pelo pessoal do setor de saúde da unidade prisional, mas foi intensificado quando o Estado passou a registrar casos de gripe A. Ela disse que, periodicamente, é feito um levantamento de como está a saúde dos presos e os doentes com indicação de tratamento e internação são encaminhados a um hospital de onde só retornam quando estão curados.
Esses mesmos procedimentos estão sendo tomados pela diretora do Presídio Feminino Júlia Maranhão, que hoje abriga 217 apenadas, Susana Lima dos Santos. Ela explicou que, por determinação da Secretaria da Cidadania e Administração Penitenciária, desde que a gripe A apareceu no Estado, medidas preventivas como o uso de máscaras, luvas e álcool em gel vêm sendo adotadas pelos funcionários. “Mesmo antes do aparecimento da gripe, se for diagnosticado que o apenado apresenta um quadro gripal ou de qualquer outra doença ele é encaminhado imediatamente para um hospital”, explicou a diretora.
Visitas
Durante a reunião, ficou decidido que nos presídios e penitenciárias de todo o Estado, além das cadeias públicas de Santa Rita, Guarabira, Bayeux, Mamanguape, Queimadas, Esperança, Cajazeiras, Pombal, Itaporanga, Araruna, Teixeira e Piancó (um total de 29 unidades prisionais) que possuem populações carcerárias acima de 50 detentos, a SES vai colocar nos dias visitas (quartas e domingos) dois profissionais de saúde em cada unidade prisional para identificar as com sintomas de doenças respiratórias.
“Vai ser difícil convencer essas pessoas a aceitar tal decisão, mas é preciso que a medida seja tomada como forma de prevenção da doença”, disse Ivana Barros. Ela explicou que os visitantes e familiares de presos que forem identificados como sintomáticos respiratórios não entrarão no presídio e serão orientados a procurar uma unidade saúde para avaliação médica.
No restante das unidades prisionais que possuem uma população carcerária abaixo de cinquenta detentos, segundo informou Diana Pinto, não haverá necessidade da presença do profissional de saúde durante os dias de visitas, mas as informações serão repassadas por profissionais da SES e da Secap aos próprios diretores dos presídios que, juntamente com os agentes penitenciários, ficarão encarregados de levar as informações e as medidas preventivas junto aos apenados e visitantes.
“Sabemos que os detentos são uma população vulnerável e por isso os cuidados, não só com a gripe A, mas também com outras doenças, devem ser tomados de forma mais eficaz”, destacou a Ivana Barros.
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