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VIDA URBANA

Saúde precisa de melhorias em Campina

Segunda maior cidade do interior do NE, Campina sofre para atender a demanda de com 14 hospitais públicos e privados e 900 médicos.

Publicado em 11/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:51

Campina Grande é a segunda maior cidade do interior do Nordeste, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma população superior a 400 mil habitantes, ela atende milhares de pessoas na área da saúde, sendo referência para 177 municípios, inclusive de estados vizinhos. No entanto, mesmo com 14 hospitais públicos e privados e 900 médicos, a oferta na área de saúde ainda não é suficiente para atender a demanda e, por isso, os anseios da população ainda não estão sendo atendidos. O povo quer mais médicos, mais serviços especializados e mais unidades de saúde. Somente este ano foram repassados mais de R$ 110 milhões do Ministério da Saúde para os serviços públicos da cidade.

Hoje Campina Grande comemora 149 anos de fundação. Durante todo esse tempo, investimentos na área da saúde levaram a cidade a ser considerada um exemplo a ser seguido em muitas áreas, como a de Traumatologia, já que Campina possui o segundo maior hospital do interior das regiões Norte e Nordeste do país, o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes.

Outro destaque é o transplante de rins realizado no Hospital Antônio Targino (HAC) e em Cardiologia através do centro de alta complexidade do Hospital João XXIII. Já o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) possui os únicos laboratórios da Paraíba de Diabetes tipo 1 e o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) com os atendimentos de partos em alto risco; ou ainda através do Centro de Cancerologia da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), que possui equipamentos de ponta, como o Acelerador Linear, um investimento de R$ 2 milhões.

Campina Grande também possui uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e municipalizou este ano o Hospital Pedro I, na tentativa de desafogar os atendimentos emergenciais dos grandes hospitais. Além disso, possui 92 equipes do Programa de Saúde da Famíla (PSF), que atende cerca de 100 mil pessoas cadastradas, além do Hospital da Criança e Serviço de Atendimento Móvel (Samu). Mesmo com todo esse aparelhamento, são constantes as reclamações e pouca a satisfação da população. Ainda existe muito descrédito com relação aos atendimentos na área da Saúde, especialmente a pública e o campinense se diz frustrado na maioria das vezes que precisa do serviço.

Para Emanuela Lima, de 26 anos, operadora de telemarketing, apesar do município ser dinâmico, Campina ainda não é a cidade que os seus cidadãos precisam. “Eu acredito que a Saúde é uma das áreas essenciais para que uma população consiga se sentir segura. Você saber que paga seus impostos corretamente e quando procura um serviço não encontra, é frustrante. O sentimento que eu tenho é de impotência, porque não posso pagar um plano de saúde e preciso de um médico em uma unidade pública, mas não encontro”, disse ela, enquanto aguardava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Morador do distrito de São José da Mata, o operador de máquinas Elder Jesus Silva, 27 anos, não acredita mais no atendimento em postos de saúde. “Quando a gente procura um atendimento, espera que o médico não apenas olhe e escute o que a gente está dizendo, mas que ele avalie tudo”, desabafou.

Para eles, quando se fala em Saúde na cidade, o primeiro pensamento é a falta de infraestrutura, incluindo a falta de médicos. “Quando eu penso em Saúde, penso em problema, porque no dia a dia na porta de hospitais é que a gente vê o que realmente acontece. São pessoas em longas filas, exames que são desmarcados, pessoas mal atendidas. A Campina que a gente quer é uma cidade que coloque o seu cidadão à frente, e investir na Saúde é essencial”, continuou o operador de máquinas.

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Jornal da Paraíba

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