VIDA URBANA
Secretário Gustavo Gominho diz que criminalidade "caiu um pouco"
Secretário de Segurança Pública do Estado Gustavo Gominho na última entrevista coletiva realizada ontem a tarde fez uma avaliação de sua gestão a frente do comando da segurança no Estado.
Publicado em 31/12/2010 às 9:21
Luzia Santos
Do Jornal da Paraíba
O secretário de Segurança Pública do Estado Gustavo Gominho na última entrevista coletiva realizada ontem a tarde fez uma avaliação de sua gestão a frente do comando da segurança no Estado. Ao comentar os índices de criminalidade, Gominho afirmou que eles estão estáveis. “Os índices de criminalidade se estabilizaram, se considerarmos o número de crimes e o aumento da população entre os anos de 2009 com o mesmo período de 2010 tivemos uma pequena diminuição, muito pouco, mas caiu”, declarou. Justificando que teria encontrado a segurança "em uma situação de caos".
Na avaliação de final de gestão, Gominho lamentou não ter acabado com a Manzuá como havia prometido no início de sua administração em dezembro de 2008. “Uma das minhas frustrações é não ter transformado a Operação Manzuá em uma Manzuá Móvel. Tinha o projeto de acabar com a Manzuá fixa, mas não consegui”, declarou. Ressaltando ainda que “nos molde em que funciona a Manzuá hoje ela está falida”, afirmou.
De acordo com o secretário um dos avanços de sua gestão seria a retomada de investimentos na Segurança Pública. “A retomada de investimentos na segurança foi um dos avanços que alcançamos. Bandidos de estados vizinhos, como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará estavam se deslocando para cá por falta de investimentos em segurança”, disse Gominho. Ainda de acordo com o secretário, os recursos aplicados na segurança visaram sobre o reaparelhamento das Polícias Civil e Militar, com aquisição de equipamentos diversos, e capacitação e qualificação dos profissionais de segurança pública. Entre as ações desenvolvidas, ele destacou a recuperação da Academia de Polícia Civil (Acadepol) e o do Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop).
Uma dos legados que fica para o próximo governo diz respeito a falta de delegados em mais de 100 municípios paraibanos. “Este problema não se resolve da noite para o dia. Quando assumi a pasta havia dois concursos em andamento, dos 400 delegados aprovados no concurso de 2003 todos foram convocados, mas hoje apenas 120 permanecem no cargo”, disse Gominho. A carência de profissionais se revela ao tomar como base a Lei 8672/08 de 30 de outubro de 2008 que preconiza que os quadros da Polícia Civil deveria contar com um efetivo de 9.131 profissionais.
Na atualidade, segundo dados da secretaria, o efetivo conta com apenas 1.879 pessoas o que gera um déficit de 7.252 pessoas. Para se ter uma idéia, a lei preconiza que a segurança deve contar com 600 delegados, 4.100 agentes de investigação e 1,6 mil escrivães, mas o déficit é de 301 delegados, 3.319 agentes e 1.325 escrivães, segundo dados apresentados por Gominho. Entre as ações que deixou de realizar , Gominho ressaltou a não implantação do sistema de monitoramento por câmeras em João Pessoa e Campina Grande. “Faltou recurso”, justificou.
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