VIDA URBANA
Sedurb orienta ambulantes a deixar calçadas e canteiros livres
Ordenamento e disciplinamento da ocupação do espaço urbano na cidade começou no Centro, no último dia 12.
Publicado em 14/01/2015 às 6:00 | Atualizado em 29/02/2024 às 10:33
Ambulantes do Centro de João Pessoa estão sendo orientados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) a não obstruir as áreas de passeio públicas, como calçadas, corredores e canteiros. A ação teve início no último dia 2, compreende a orla da capital e os bairros, e começou no Centro no dia 12. A atividade diz respeito ao ordenamento e ao disciplinamento da ocupação do espaço urbano na cidade e conta com a participação da Guarda Municipal.
Segundo o secretário da Sedurb, Hildevânio Macêdo, a ação faz parte da 'Operação Verão' da Prefeitura e tem cunho educativo.
“Demos início ontem (segunda) a uma orientação aos comerciantes informais de que essas áreas precisam ficar livres para a circulação das pessoas, tendo em vista que a cidade é de todos, e que precisam desenvolver suas atividades de maneira a possibilitar essa circulação”, informou, acrescentando que os trabalhadores devem ficar em movimento. No Centro, duas tendas de apoio foram instaladas na Lagoa e na Ponto de Cem Réis.
Hildevânio contou que foi realizada a identificação dos ambulantes, o que não significa uma autorização para comercializar. “O objetivo é ter um perfil e identificar de onde vem esse comerciante, qual atividade realiza, a natureza do produto, além dos meios para a comercialização e há quanto tempo o vende”, esclareceu. O secretário disse ainda que, dependendo do levantamento, existe a possibilidade de remanejar os trabalhadores, mas sem “compromisso” por enquanto.
Segundo o presidente da Associação dos Ambulantes da Lagoa, Juarez Marques, o remanejamento dos ambulantes para algum comércio popular depende da atividade de cada um. “Por exemplo, para um vendedor de pipoca, sorvete ou picolé, o ideal é trabalhar de forma volante. Já quem trabalha com confecções precisa de um local. Temporariamente, foi orientado ao pessoal que trabalhe de forma volante até que se tenha uma regularização, para trabalhar de forma organizada, padronizada de acordo com a atividade. Todos (os ambulantes) estavam trabalhando sem identificação correta e adequada”, completou.
A ambulante Francisca Pereira vende açaí há um ano no anel interno da Lagoa e foi identificada pela Sedurb na segunda-feira. Para ela, ficar circulando pelas ruas é o que atrapalha a população. “Fui orientada a ficar andando, ao invés de ficar parada. Vai atrapalhar o povo que fica passando aqui na calçada das paradas de ônibus”, reclamou.
Para a diarista Maria de Lourdes, a circulação dos ambulantes não perturba a caminhada pelas calçadas da Lagoa. “Na verdade, não me incomoda. Eu sempre encontro algo que preciso e que eles vendem por aqui. Para mim, não atrapalha”, considerou.
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