VIDA URBANA
Dançarina relata como são os ensaios de uma quadrilha de concurso
Pode haver mudanças de coreografia até minutos antes de começar.
Publicado em 17/06/2018 às 7:00 | Atualizado em 18/06/2018 às 9:34
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Com o mês de junho chegam o trio de forró, bandeiras de São João, fogueiras e, claro, muitas quadrilhas juninas embaladas por este ritmo tipicamente nordestino. E, para quem acha que participar de campeonato de quadrilhas é uma tarefa fácil, está muito enganado. Segundo a designer e dançarina da quadrilha campinense Mistura Gostosa Ingridy Fontes, os ensaios começam antes mesmo do Brasil pensar em carnaval.
“Os ensaios começam, geralmente, em janeiro e acontecem sempre aos finais de semana”, explica Ingridy. “No mês de maio ensaiamos durante a semana também”, completou a dançarina que participa pelo quinto ano consecutivo do concurso de quadrilhas.
O campeonato de quadrilha é levado tão a sério que existe uma figurinista e uma costureira específica para a Mistura Gostosa. “Isso é para todas as roupas ficarem padronizadas e para não vazar, já que o figurino também conta ponto”, justifica.
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Apesar dos ensaios começarem cedo, é possível que a coreografia mude até minutos antes da apresentação. “Já ocorreu de haver mudanças no dia do concurso. Mas isso só acontece quando necessário”, disse. As mudanças são feitas com cuidado e a tempo de todos memorizarem. “Se a gente vê que a mudança não vai dar certo ou não vai dar tempo, não fazemos. Mas tentamos até o último instante”.
Apesar de toda essa tensão, o ambiente é bem receptivo a novos dançarinos. “Geralmente as pessoas entram por meio de amigos que levam. Mas, mesmo que você não conheça ninguém da quadrilha, você pode ir a um ensaio e falar com o coordenador”, explicou. O interessado participa de alguns ensaios e, se não tiver dificuldade para pegar os passos e dançar sincronizado, a pessoa fica.
Interesse desde criança
A jovem Ingridy Fontes tem um carinho pelas quadrilhas desde pequena. Segundo ela, os pais e tios são fundadores de um grupo folclórico que existia em Campina Grande. Ela contou que em 2008 teve uma viagem que foram os componentes do grupo e os dançarinos da quadrilha no mesmo ônibus. “Na volta, minha tia passou a viagem me contando como eram bonitas as roupas e as apresentações e eu fiquei curiosa para assistir”, contou. Desde então ela ficou interessada em dançar numa quadrilha, mas isso só aconteceu em 2014, quando participou do primeiro concurso.
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