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VIDA URBANA

Segurança das escolas é repleta de contrastes

 De 768 colégios estaduais, apenas cem possuem equipamento de segurança eletrônica.

Publicado em 14/06/2015 às 8:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 11:57

A segurança para proteger estudantes, professores, funcionários e o patrimônio das escolas estaduais de Campina Grande está, hoje, amparada numa estrutura frágil e cheia de contrastes: enquanto algumas escolas utilizam até câmeras de monitoramento e alarmes eletrônicos, outras amargam a total ausência de vigilantes.

A reportagem do Jornal da Paraíba visitou e manteve contato com 21, das 52 unidades existentes no município e constatou uma estrutura deficiente.
Segundo dados da Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Educação, só 20 unidades possuem equipamentos de segurança eletrônica, sejam câmeras de monitoramento ou alarmes eletrônicos.

Em âmbito estadual, essa realidade também é reproduzida, já que das 768 escolas estaduais em funcionamento, apenas 100 possuem esse tipo de equipamento instalado. A Secretaria de Educação informa que existe um projeto de expansão da instalação desse tipo de serviço, mas não informa nenhum prazo e que em todas existem vigilantes.

Um exemplo dos contrastes e das fragilidades da segurança nas escolas são as unidades Antônio Vicente, no bairro de José Pinheiro, e a Elpídio de Almeida, o Estadual da Prata. Na primeira não existe vigilante ou sistema de monitoramento eletrônico e a guarda da escola e de seu patrimônio, durante o dia, é realizada por porteiros.

À noite e nos finais de semana, a segurança fica por conta de um ex-funcionário, temporário, que se ofereceu para dormir no local. “Ele é o que a gente pode chamar de amigo da escola”, avalia a diretora Lindalva Lira.
Na outra ponta está o Estadual da Prata, que não é a maior escola em número de estudantes da cidade, 920 alunos, mas todas as noites da semana possui dois vigilantes e há anos possuiu um sistema de monitoramento por câmeras que cobre grande parte de sua área interna. Alí, a diretora, Fátima Lucena, não lembra se já ocorreu algum arrombamento.

Embora a existência do funcionamento de sistemas de monitoramento com câmeras ou de alarmes eletrônicos não impeça os ataques de criminosos, várias escolas estão conseguindo escapar com a utilização desses equipamentos.
Na Assis Chateaubriand, no bairro de Santo Antônio, o último arrombamento aconteceu há cerca de dois anos, quando não existia o sistema de câmeras. Robson Tibério, gestor da Escola Raul Córdula, no Cruzeiro, informa não se lembra do último ataque a unidade e que o sistema tem inibido essas iniciativas.

Para enfrentar as ocorrências de violência nas escolas, a Secretaria de Educação informa que tem recebido o apoio da Polícia Militar para realizar rondas no entorno das unidades e realiza “as ações pedagógicas de incentivo à cultura de paz, por meio de palestras e trabalhos didáticos”.

Também vem sendo implantado o projeto Inteligência Relacional no método da Liga pela Paz, que trabalha com diretores, professores, alunos e agora com as famílias dos alunos, com a utilização de vídeos.

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Jornal da Paraíba

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