Segurança preocupa em presídios da PB

Mesmo abrigando a Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (Seds), quatro presídios, sendo um feminino, e um abrigo para menores infratores, além do Centro de Ensino da Polícia Militar e uma delegacia distrital que funciona em regime de plantão, os moradores do bairro de Mangabeira vivem apreensivos com a insegurança nas ruas. “A gente sabe que a falta de segurança é geral, mas aqui em Mangabeira precisa de mais polícia na rua, principalmente próximo às comunidades e também nas áreas de comércio”, reclama a dona de casa Maria Aparecida Bezerra, moradora de Mangabeira II.

De acordo com dados da Delegacia Especializada de Crimes contra a Pessoa, o bairro registra uma taxa aproximada de 4,2 homicídios por mês. No ano passado foram registrados 38 homicídios e sete tentativas de assassinato. No primeiro trimestre deste ano, já foram computados 17 homicídios e cinco tentativas. O tenente-coronel Lívio Sérgio, comandante do 5° Batalhão da Polícia Militar (5° BPM) responsável pelo policiamento na área, lamenta a falta de efetivo policial para dar maior cobertura ao bairro. “Nós temos uma deficiência grande de efetivo e distribuição para toda a área geográfica do batalhão, com cerca de 450km², e com Mangabeira não é diferente. Nós sabemos que as coisas acontecem nas áreas que são mais deficientes. Agora 40% do efetivo são utilizados nos presídios.

Isso consome muita gente e sabemos que a demanda do bairro é bem maior do que nós temos a oferecer”, explica.

Segundo o comandante, viaturas da Rotam e da Força Tática distribuídas entre 30 policiais (motorizados e a pé) fazem a segurança do bairro. O coronel informou ainda que nos pontos estratégicos, como as áreas comerciais e praças, são distribuídos efetivos extras. “Se comparado a outros bairros, a violência em Mangabeira é menor”, completa.