icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Sem emprego, mulher faz de praça moradia

Moradora de rua contou que é natural de Guarabira e que há 5 anos  mora em canto da praça Pedro Gondim, no bairro da Torre.

Publicado em 22/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:46

Maria Soledade da Silva. Pelo nome, provavelmente ninguém identificará a pessoa, mas certamente, parte da população de João Pessoa já viu, no início de todas as manhãs, uma mulher dormindo na praça Pedro Gondim, no bairro da Torre. Apesar de todo improviso para tentar proporcionar uma melhor dormida e para se proteger da chuva, a moradora de rua está em situação vulnerável e no inverno o frio noturno é ainda mais castigante. Maria é uma das pessoas da capital que sobrevivem nas ruas. Sem teto, o sofrimento pode ser amenizado com ações sociais e ajuda de religiosos.

A moradora de rua contou que é natural de Guarabira, no Brejo paraibano, de onde veio aos 16 anos para trabalhar como babá na casa de uma família. Depois de um tempo, ela mudou de segmento e passou a trabalhar como vendedora de temperos em uma banca no mercado público da Torre. Aos poucos o negócio desandou, ela perdeu o pouco dinheiro que tinha juntado e passou a viver na rua. Sem parentes, há 5 anos Maria Soledade faz de um canto da praça um 'aconchego', longe do conforto de um quarto. Uma cadeira de praia, arriada ao máximo, serve como cama.

Uma lona amarrada ao tronco de uma árvore e uma sombrinha na lateral para se proteger do vento frio e da chuva. “Pra falar a verdade, quem vive nessa situação, tanto faz o período do ano, não tem condição pior. Mas Deus nos envia anjos de luz para nos ajudar. Um rapaz me deu esse cobertor que me aquece à noite”, relatou Soledade demonstrando grande crença espiritual de fé.

Lúcida, ativa e ciente de sua vulnerabilidade, Maria Soledade garante não temer o perigo e pretende continuar na rua. “A violência está em todos os lugares, inclusive dentro de casa.

Mas eu confio em Deus e digo a Ele que a minha vida não pertence a mim, nem a ninguém, somente a Ele. Uma equipe da prefeitura já veio até mim, quis me levar para um abrigo ou me beneficiar com uma casa, mas eu não aceitei nenhuma das duas propostas. A primeira porque em uma casa de acolhida há pessoas de todos os tipos, e a casa ficava muito longe, o que é ruim para mim, pois resolvo minhas consultas médicas por aqui. Sou feliz pela vida, se cheguei nessa situação foi permissão de Deus”, declarou.

Diferentemente de Soledade, outros moradores de rua almejam ter um lugar para morar e destes, alguns afirmam nunca ter recebido atenção social do município a exemplo de Maria Nazaré, que não soube dizer a idade. “Eu durmo ali”, apontou para um prédio na esquina da avenida Machado de Assis, no Centro da capital, onde se abriga debaixo de uma marquise. “Ninguém nunca quis me tirar daqui pra me levar para outro lugar”, frisou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp