VIDA URBANA
Sem plantonista, mulher sofre aborto
Jovem de 25 anos procurou o Hospital Municipal de Soledade sentindo contrações e feto caiu no chão; não havia médico no plantão.
Publicado em 13/02/2014 às 6:00
Uma mulher que estava grávida de 4 meses sofreu um aborto na última terça-feira, na recepção do Hospital Municipal de Soledade, Agreste paraibano. Maria do Socorro Barbosa dos Santos, 25 anos, estava sentada em uma cadeira da recepção e o feto acabou caindo no chão. No momento em que a paciente chegou ao hospital, no início da manhã, o médico de plantão estava ausente e ela foi atendida por uma enfermeira da unidade.
A enfermeira que atendeu a paciente, Rafaela Oliveira, afirmou que Maria do Socorro veio da cidade de Cubati para ser atendida no hospital, onde chegou sentindo fortes dores e com sangramento.
“Ela chegou aqui trazida por outras pessoas por volta das 6h, o médico do plantão não estava, e o do plantão seguinte só chegaria às 7h. Eu pedi que a paciente fosse para a sala de observação, mas ela estava sentada na cadeira e disse que não iria sair dali porque estava com muita dor. Quando ela chegou, na recepção já havia outros pacientes que vieram logo cedo para serem atendidos pelo médico do plantão diurno, eles viram tudo”, afirmou ela, acrescentando que a paciente relatou já ter sofrido outros três abortos.
A enfermeira relata ainda que, depois de fazer os procedimentos iniciais, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, antes da chegada da equipe, ela sentiu uma contração muito forte e, ao se levantar, o feto caiu no chão. “Após o acontecido, levamos ela para a sala de observação, recolhemos o feto e tomamos as providências necessárias”, acrescentou. Depois disso, a mulher foi transferida para o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde de Campina Grande, a paciente foi atendida na maternidade e já foi liberada.
Ao comentar o assunto, o diretor da unidade, Marcelo Araújo, informou que o caso será apurado. Ele explica que o clínico geral, que deveria ter ficado no plantão até as 7h, ainda não foi localizado e a direção ainda não sabe por qual razão ele saiu do hospital mais cedo. “Pelo que sabemos, ele saiu do local depois das 5h, mas ninguém sabe por quê. Estamos tentando localizá-lo para saber o que aconteceu e vamos apurar os fatos para tomar as providências necessárias”, afirmou.
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