VIDA URBANA
Sem ponto para táxis
Sindicato diz que oito praças no Centro devem ser desativadas; STTP elabora projeto.
Publicado em 07/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 10:57
Cerca de 160 taxistas podem ficar sem um ponto fixo de trabalho, conhecido como praça de táxi, em Campina Grande. A desativação dos locais que está sendo estudada pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) já vem causando insatisfação aos trabalhadores que, de acordo com o sindicato da classe, podem ter seu rendimento prejudicado. Segundo o presidente do Sindicato dos taxistas de Campina Grande, José Domingos, oito praças de táxi, das 33 existentes na cidade, estão no alvo da STTP.
O presidente relatou que em cada praça de táxi trabalham cerca de vinte profissionais, e que alguns deles estão estabelecidos no mesmo local há vários anos, de modo que seriam diretamente prejudicados pela desativação. Ainda segundo Domingos, a medida está prevista para os seguintes locais: rua João Pessoa (praça 3); rua Marquês do Herval, em frente ao colégio das Damas (praça 16); Praça Clementino Procópio (praça 13); rua Sete de Setembro, em frente ao Banco do Brasil (praça 6), Rodoviária velha (praça 29); rua Venâncio Neiva (praça 8) e calçadão da Cardoso Vieira (praça 5), além da primeira praça de táxi da cidade, que fica na rua Marquês do Herval, em frente ao Colégio CAD.
O presidente do sindicato afirmou que a medida não leva em consideração a necessidade dos trabalhadores, que precisam estacionar os veículos em determinados pontos. “Ainda não tivemos contato com o prefeito, mas estamos nos mobilizando para fazer com que ele desista desse projeto. Não temos condição de trabalhar de forma rotativa, principalmente com o preço em que está o combustível”, afirmou. Domingos citou ainda o caso dos taxistas que trabalham à noite. Segundo ele, estes profissionais seriam ainda mais prejudicados por não poderem ficar estacionados nas praças.
De acordo com o coordenador de trânsito da STTP, Bernardo Pimentel, o estudo sobre a desativação das praças ainda está em andamento e passará por algumas fases antes do projeto ser apresentado. “Na realidade ainda estamos analisando se a desativação será necessária, através de um estudo de necessidade que pondera vários critérios, como circulação e fluxo de pessoal”, explicou. As condições de mobilidade e trânsito mudaram na cidade, o que demanda intervenções técnicas para melhorar a circulação, afirmou o coordenador.
Bernardo informou ainda que o estudo está sendo discutido com o Sindicato dos taxistas, mediante várias conversas, mas ainda sem definição. Após a conclusão do estudo técnico, conforme o coordenador, o projeto será apresentado à Câmara de Vereadores, aos Dirigentes Lojistas (CDL), dentre outros órgãos representativos da cidade.
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